João Pessoa, 18 de junho de 2013 | --ºC / --ºC
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Ao longo de cinco minutos de discurso no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff fez nesta terça-feira (18) sua primeira manifestação contundente sobre os protestos que vêm tomando as principais capitais do país desde a semana passada, e que ontem culminaram em mais de 240 mil pessoas nas ruas.
Quebrando o silêncio, elogiou o caráter democrático das manifestações, criticou episódios isolados de violência e disse que o "Brasil tem orgulho" dos manifestantes pacíficos.
"O Brasil hoje acordou mais forte. A grandeza das manifestações de ontem comprovam a energia da nossa democracia, a força da voz da rua e o civismo da nossa população. É bom ver tantos jovens e adultos, o neto, o pai, o avô, juntos com a bandeira do Brasil, cantando o hino nacional, dizendo com orgulho "eu sou brasileiro" e defendendo um país melhor. O Brasil tem orgulho deles", afirmou a presidente, durante a apresentação do novo marco regulatório da mineração, no Palácio do Planalto.
A presidente elogiou, ainda, a postura das forças policiais nas manifestações de ontem, em mais de uma dezena de capitais brasileiras – entre elas, Brasília, em que manifestantes ocuparam o terraço do Congresso Nacional, ao lado do Palácio do Planalto.
"Devemos louvar o caráter pacífico dos atos de ontem. O caráter pacífico dos atos públicos de ontem evidenciou também o correto tratamento dado pela segurança pública à livre manifestação popular. Conviveram pacificamente. Infelizmente, porém, é verdade, aconteceram atos minoritários e isolados de violência contra pessoas, contra o patrimônio público e privado, que devemos condenar e coibir com vigor. Sabemos, governo e sociedade, que toda violência é destrutiva, lamentável e só gera mais violência. Não podemos aceitar jamais conviver com ela", disse.
Dilma chegou a vincular as demandas dos manifestantes ao surgimento de "cidadãos que querem mais" através das políticas sociais de seu governo e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"O meu governo, que quer ampliar o acesso à educação e à saúde, compreende que as exigências da população mudam. Mudam. Mudam quando nós mudamos também o Brasil. Porque elevamos a renda, porque ampliamos o acesso ao emprego, porque demos acesso a mais pessoas à educação, surgiram cidadãos que querem mais, que têm direito a mais", afirmou a presidente.
Até então, Dilma vinha buscando se manter distante de uma avaliação mais aprofundada sobre as manifestações. Ontem, no início da noite, no primeiro comentário sobre os episódios, limitou-se a divulgar um comunicado de 16 palavras: "As manifestações pacíficas são legítimas e são próprias da democracia. É próprio dos jovens se manifestarem", disse.
O gigantismo dos protestos levou a presidente a se posicionar mais claramente sobre as revoltas.
Polícia – Dilma elogiou, ainda, a postura das forças policiais nas manifestações de ontem, em mais de uma dezena de capitais brasileiras – entre elas, Brasília, em que manifestantes ocuparam o terraço do Congresso Nacional, ao lado do Palácio do Planalto.
"Devemos louvar o caráter pacífico dos atos de ontem. O caráter pacífico dos atos públicos de ontem evidenciou também o correto tratamento dado pela segurança pública à livre manifestação popular. Conviveram pacificamente. Infelizmente, porém, é verdade, aconteceram atos minoritários e isolados de violência contra pessoas, contra o patrimônio público e privado, que devemos condenar e coibir com vigor. Sabemos, governo e sociedade, que toda violência é destrutiva, lamentável e só gera mais violência. Não podemos aceitar jamais conviver com ela", disse.
Veja o pronunciamento
Folha
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