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NA PARAÍBA

Achado ‘estatuto’ da criminalidade; saiba como se dão as regras e sanções

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publicado em 05/07/2013 ás 13h57

A Secretaria de Administração Penitenciária da Paraíba interceptou um documento que pode ser a maior descoberta da Polícia da Paraíba, quando o assunto é o desbaratamento do crime organizado no Estado. Segundo informa o secretário Walber Virgolino, foi encontrado em posse dos criminosos o chamado ‘Estatuto do Crime’, onde uma facção criminosa traça regras e disciplina o convívio entre os criminosos, não só dentro, como fora dos presídios.

Neste documento, como explica Virgolino, ainda está anunciado quais serão as penas e imposições àqueles que não cumprirem essas regras.

“Se um ‘irmãozinho’ – como eles se chamam – não ajudar o outro no enriquecimento ilícito, por meio do roubo, do tráfico de drogas e das execuções (mortes), a pena é a de morte”, ressaltou o secretário.

Ainda segundo foi descoberto no estatuto, existe uma espécie de ‘contabilidade’, onde o traficante mais rico – que promove mais assaltos – precisa obrigatoriamente contribuir mais com o grupo, enquanto aqueles chamados ‘robôs’, tem que contribuir com R$ 40.

“Essa contabilidade se volta a promover a prática de homicídios, roubos e tráfico de drogas”, explicou Virgolino, dando o recado à criminalidade: “Garanto que esse estatuto não está sendo aplicado nos presídios da Paraíba. Nas unidades prisionais quem manda é o Estado. Os agentes penitenciários tem total domínio. Os apenados sofrem uma forte disciplina, os direitos estão sendo resguardos, mas as obrigações e os deveres estamos exigindo pelo pé”.

O secretário declarou que o banco de informações coletado será disponibilizado à secretaria de Segurança, Polícia Federal e com a Ordem dos Advogados do Brasil.

Gente grande envolvida – De acordo com o secretário, advogados e procuradores tinham aproximação com essa facção. Eles estavam sendo financiados por esse “caixinha” dos criminosos instituídos pelo estatuto para defender os que fossem presos.

MaisPB
 

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