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Obama diz ter trocado cartas com novo presidente do Irã

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publicado em 15/09/2013 às 17h00

Barack Obama disse que ele e o presidente do Irã, Hassan Rohani, trocaram cartas, e avisou que sua relutância em atacar a Síria não afeta as ameaças dos Estados Unidos de usar a força para impedir a bomba nuclear iraniana.

O presidente norte-americano, em entrevista à rede ABC News que foi ao ar neste domingo (15), confirmou a comunicação com Rohani pela primeira vez, e disse acreditar que a crise das armas químicas síria mostra que a diplomacia pode funcionar se apoiada por ameaças de ação militar.
Obama não revelou detalhes sobre a troca de cartas, mas deixou claro que as preocupações dos Estados Unidos com as ambições nucleares do Irã, são uma questão muito maior, para os EUA, do que as armas químicas na Síria.
Obama e Rouhani falarão na Assembléia Geral das Nações Unidas na próxima semana, no mesmo dia, mas não há planos para que tenham uma reunião.
Obama disse que o Irã deve evitar pensar que os EUA não lançariam um ataque militar em resposta ao programa nuclear apenas porque não atacou a Síria.
Ainda no programa "This Week with George Stephanopoulos", Obama culpou os republicanos conservadores por um impasse sobre o orçamento e insistiu que, embora estivesse disposto a regatear impostos e gastos, não faria um acordo que impusesse condições sobre aumentar o limite da dívida.
Com uma possível paralisação do governo em duas semanas, e a ameaça de um calote da dívida dos Estados Unidos já em meados de outubro, Obama disse que cabe aos parlamentares elaborarem um orçamento.

Mas ele insistiu que o orçamento deveria conter gastos suficientes para ajudar a apoiar o crescimento econômico, e acrescentou que não permitirá aos republicanos a imposição de condições para aumentar o limite de endividamento norte-americano de 16,7 trilhões de dólares.

"Apresentamos nosso orçamento", disse Obama. "Agora cabe ao Congresso surgir com um orçamento que mantenha a tendência de longo prazo de… redução do déficit avançando, mas que também nos permita investir em coisas que precisamos para crescer".

Negociar cortes em seu programa de sistema de saúde em troca de um aumento no limite de endividamento do país não é uma opção, disse Obama.
"O que eu não estava disposto a negociar, e não irei negociar, é o teto da dívida", disse.

Com a crise da Síria menos premente, Washington enfrenta outro confronto fiscal. A maioria das operações do governo vai parar em 1 de outubro a menos que o Congresso aprove um orçamento que o presidente aceite, e os Estados Unidos correm o risco de um calote da dívida em meados de outubro se os parlamentares adiarem elevar o limite da dívida.

Obama e o Congresso liderado pelos republicanos continuam em desacordo tanto sobre o orçamento quanto sobre o limite da dívida.
"Meios de fazer isso"

Na semana passada, os parlamentares consideraram ampliar o fundo do governo que está atualmente em 988 bilhões de dólares até meados de dezembro, mas os republicanos do Tea Party insistiram que os cortes no Obamacare continuem como parte do pacote.

Obama vai destacar o aniversário de cinco anos da crise financeira dos EUA na segunda-feira em um esforço para retomar sua agenda doméstica depois de passar semanas lidando com a Síria e sobre como responder ao uso de armas químicas por aquele país. A crise financeira foi desencadeada em 15 de setembro de 2008, quando o banco Lehman Brothers entrou com pedido de falência.

Obama deve se concentrar no positivo, discutindo o progresso realizado e destacando suas medidas para incentivar a criação de empregos em meio a batalhas orçamentárias esperadas com os republicanos no Congresso nas próximas semanas.

Obama disse que estaria disposto a conversar com o presidente da Câmara, John Boehner, sobre reverter profundos cortes de gastos, que entraram em vigor neste ano através do processo conhecido como sequestro, mas disse que o principal republicano do Congresso era um parceiro relutante.

"Há maneiras de fazer isso. Acontece que eles não se mostraram dispostos a negociar de maneira séria", disse.

G1 com agências internacionais 

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