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Após reunião com governador, MST desocupa o Incra

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publicado em 25/10/2013 ás 09h54

Após 11 dias de manifestação o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) decidiu desocupar a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no Bairro dos Estados, na Capital. A decisão foi tomada na noite de ontem, após uma comissão de 15 representantes ser recebida pelo governador Ricardo Coutinho, no Palácio da Redenção. Durante o encontro a categoria apresentou a pauta de reivindicações do movimento e o governador se comprometeu a atender todos os itens e garantiu que os resultados viriam até março do próximo ano. A reunião começou às 18h e durou cerca de três horas e trinta minutos.

A audiência com o governador tinha sido marcada na última segunda-feira, quando os sem-terra ocuparam o Centro Administrativo Estadual, em Jaguaribe, exigindo ser recebidos pelo chefe do executivo estadual. Por conta dos problemas ocorridos nessa ocupação, como portas e veículos quebrados, a Polícia Militar reforçou ontem a segurança no local e em volta do Palácio, com um efetivo de 300 policiais nos dois pontos.

No palácio, os manifestantes foram recebidos com flores brancas, entregues pelos policiais, e se mantiveram de forma pacífica em frente à Praça João Pessoa. Enquanto os líderes conversavam com o governador e nove secretários de estado, os trabalhadores dançavam ciranda e cantava no lado de fora. E mesmo já tendo encerrado o expediente, a PM mantinha o reforço na segurança do Centro Administrativo, como prevenção a uma eventual decisão dos sem-terra em voltar para o local, descontentes com os prováveis resultados da reunião.

Voltar para casa

No início da manhã, logo após a chegada da PM ao Centro Administrativo, os servidores foram orientados a não dar expediente e voltar pra casa. Segundo o coronel Paulo Sérgio, comandante do Batalhão Ambiental, a orientação tinha sido acertada na quarta-feira, em uma reunião entre representantes da polícia e da Secretaria de Administração. “Inicialmente acreditávamos que os sem-terra viessem novamente pra cá, enquanto os líderes se reuniam com o governador”, afirmou.

Porém, algum tempo após o início do expediente os comandantes da operação militar receberam informações de que a ocupação não aconteceria e os servidores que chegaram após esse momento, seguiram para o expediente normal. Mesmo assim, a polícia manteve a segurança reforçada durante todo o dia, com homens de três batalhões, da Força Tática, do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Canil e Rotam.

Jornal Correio da Paraíba

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