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Advogada de direitos humanos é presa no Irã

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publicado em 13/06/2018 às 17h27
atualizado em 13/06/2018 às 14h31

A advogada iraniana dos direitos humanos Nasrin Sotoudeh, premiada no exterior por sua luta, foi detida nesta quarta-feira (13) – denunciou seu marido no Facebook.

“Nasrin foi detida em casa há algumas horas e transferida para Evin”, escreve seu marido, Reza Khandan, referindo-se à conhecida prisão de Teerã, onde são mantidos vários presos políticos.

A advogada, de 55 anos, um símbolo do ativismo em favor dos direitos humanos no Irã, defendeu recentemente várias mulheres detidas por terem tirado do véu em público, em protesto contra a obrigação de usá-lo desde a Revolução Islâmica de 1979.

Sotoudeh defendeu jornalistas e ativistas, como a advogada e Prêmio Nobel da Paz Shirin Ebadi, assim como opositores detidos durante as grandes manifestações de 2009 contra a reeleição do presidente ultraconservador Mahmud Ahmadinejad.

Em 2012, Nasrin Sotoudeh conquistou o Prêmio Sakharov concedido pelo Parlamento europeu.

Ela passou três anos presa entre 2010 e 2013 por ter agido, segundo as autoridades, “contra a segurança nacional” e por ter disseminado “propaganda antirregime”. Durante sua detenção, fez duas greves de fome para protestar contra as condições de detenção na prisão de Evin e contra a proibição de ver seus filhos.

Foi solta em setembro de 2013, pouco antes de o presidente moderado, então recém-eleito, Hassan Rohani, assistir à Assembleia Geral da ONU.

Em troca, foi proibida de exercer sua profissão em casos políticos, assim como de deixar o país até até 2022.

AFP

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