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A organização do Miss América, tradicional concurso de beleza dos Estados Unidos, anunciou nesta terça-feira (5) que vai retirar da disputa o desfile de biquíni e que não mais julgará as participantes pela aparência. A competição é realizada desde 1921, quando foi pensada para atrair turistas à orla do país após o Dia do Trabalho.
Um escândalo de dezembro, que revelou e-mails nos quais ex-executivos do Miss América caçoaram da inteligência, da aparência e da vida sexual de ex-competidoras levou a uma transformação no comando do concurso. Hoje, as três posições de liderança são ocupadas por mulheres.
“Nós não vamos julgar vocês com base na aparência porque nós estamos interessados no que faz você ser você”, destacou em entrevista ao “Good Morning America” a ex-Miss América Gretchen Carlson, que chefia o conselho de administração do concurso.
Antes mesmo disso, a disputa já enfrentava críticas por ter uma dinâmica antiquada, sobretudo nos desfiles com roupa de banho e de gala.
Gretchen destacou que o conselho ouviu competidoras em potencial e ouviu delas que as mulheres não queriam desfilar de salto alto e biquíni.
“Sabe do quê? Você não precisam fazer mais isso”, respondeu Gretchen a elas.
A executiva ainda frisou que não está preocupada com uma possível diminuição da audiência do concurso. Gretchen argumentou que o desfile com roupa de banho não é o mais cotado da transmissão e que os espectadores parecem mais interessados na competição de talentos.
A ex-Miss também anunciou que a organização mudará o desfile com roupas de gala. Os jurados, segundo ela, não irão mais avaliar a competidora pelo traje.
“É o que sai das bocas delas o que nos importa”, enfatizou Gretchen, a respeito das perguntas e respostas.
As mudanças já estarão no palco do concurso deste ano, marcado para 9 de setembro. A organização também reforçará seu papel como provedora de bolsas de estudo.
Extra
"INCLUSÃO DIGITAL" - 03/11/2025





