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2018-2019

Universidade da Música Popular abre inscrições

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publicado em 04/06/2018 ás 15h46
atualizado em 04/06/2018 ás 15h52

O Grupo Ponto de Partida anunciou a retomada das atividades da Bituca, a Universidade da Música Popular, um dos projetos desenvolvidos na Estação, em Barbacena.

As inscrições para as 160 vagas da turma de 2018-2019 são gratuitas e começam na próxima quinta-feira (7). O formulário e as orientações para o envio pelo correio estão no site da escola. O AR assinado e devolvido será o comprovante da inscrição. O prazo termina em 9 de julho.

Quem optar por se inscrever presencialmente, além da sede do Ponto de Partida, pode se dirigir à própria escola à Rua Luis Delbem, 428, Estação Ponto de Partida, antiga Sericícola, em Barbacena.

A última inscrição ocorreu em 2014 para a turma de 2015, como explica o diretor musical do grupo Pablo Bertola.

“Por causa da crise, dos problemas com as leis de incentivo, a gente ficou sem condição de abrir a escola. Agora com a parceria com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e Governo de Minas, vamos retomar nossas atividades”, explicou.

Para comemorar, está prevista a primeira apresentação de Lenine em Barbacena, às 20h na sede da Bituca. Os ingressos já estão esgotados.

“Foi tão doloroso ter que fechar e batalhamos tanto para reabrir, que só faz sentido se tiver festa e comemorando. A gente estava ‘namorando’ o Lenine há anos para vir aqui e coincidiu de ser possível. Nosso objetivo é movimentar Barbacena culturalmente e estamos muito felizes de ser com ele”, disse Bertola.

Lenine apresentará em Barbacena o show 'Em trânsito' na próxima quinta-feira (7), como celebração pela reabertura da Bituca (Foto: Divulgação / Rogério Von Kruger)

Lenine apresentará em Barbacena o show ‘Em trânsito’ na próxima quinta-feira (7), como celebração pela reabertura da Bituca (Foto: Divulgação / Rogério Von Kruger)

Todos os aprendizes precisam frequenter a formação complementar que compreende: Musicalização pelo método Kodaly e Harmonia, com o húngaro Ian Guest, Percepção musical, com Felipe Moreira, Prática de conjunto, com Mauro Rodrigues, Pitágoras Silveira e Ponto de Partida, Preparação para o palco, produção e ética, com o Ponto de Partida, Improvisação e criação, com todos os mestres.

No último processo seletivo, a Bituca recebeu inscrições de candidatos de 146 cidades, dez estados e quatro países para as aulas semanais.

“A Bituca é uma escola que está o tempo inteiro em construção. A gente arrumou este formato de que os alunos devem vir uma vez por semana. Eles fazem uma carga maior de aulas e voltam para sua cidade. Atraímos pessoas de vários lugares. Tivemos alunos de 65 cidades e gente de Araguari e Montes Claros que se formaram sem precisar se mudar para a Barbacena”, explicou Pablo Bertola.

Salão da Bituca Universidade da Música Popular do Grupo Ponto de Partida, de Barbacena (Foto: Gabriel Castro/Ponto de Partida)

Salão da Bituca Universidade da Música Popular do Grupo Ponto de Partida, de Barbacena (Foto: Gabriel Castro/Ponto de Partida)

Atualmente, 85% dos alunos estão no mercado de trabalho. E vão encontrar pessoas que já percorreram este caminho. “O Pitágoras Silveira foi um dos ‘Meninos de Araçuari’ e agora é mestre e coordenador da escola. O Gladston Vieira é ex-aluno da primeira turma, se formou, ganhou prêmios e agora está assumindo a cadeira de bateria. Não tem preço para gente ver estes alunos, estes frutos do projeto”, destacou Pablo Bertola.

E as novidades serão os cursos Palavra Poética, para estudo e composição de letras, que terá os mestres Eucanaã Ferraz, Noemi Jaffe e João Bandeira.

“A gente está muito preocupado com a letra da canção rasileira, a gente precisa cuidar deste legado, porque o cancioneiro brasileiro é lindo. A gente vai fazer este curso em quatro módulos, com professores convidados”, destacou Bertola.

Neste ciclo, estão previstos os encontros de Música Avançada com o violonista Marco Pereira, o pianista Nelson Ayres e o baterista Ricardo Mosca e o workshop de Produção e Gestão de Carreira com Marcos Portinari, sócio e empresário do bandolinista Hamilton de Holanda.

“Em todos estes anos, percebemos a importância de trazer pessoas que estão na ativa para mostrar todo o trabalho além do talento, o que é preciso extra música para fazer com que a carreira aconteça. Nossos alunos ficam animados porque percebem que se houve jeito para um, tem para eles também”, comentou o diretor musical do grupo Ponto de Partida.

O conjunto foi restaurado pelo Ponto de Partida e parceiros e tonrou-se um centro cultural, onde estão localizadas também a Casa do Ponto e a Casa Palavra. É cercado por nacos de mata Atlântica e um jardim de 5 mil metros quadrados, criado em parceria com o Inhotim.

A Escola mantém ainda um estúdio de gravação com tecnologia de ponta, onde abriga aula de engenharia de áudio e produção musical, um piano de cauda para concertos e gravações, um baixo acústico e instrumentos de todos os cursos que oferece.

Um salão de 180 lugares, de múltiplos usos, equipado para realização de shows, concertos, oficinas, seminários, lançamentos, exposições, exibição audiovisual; biblioteca, audioteca, sala multimídia e espaços de convivência.

G1