João Pessoa, 25 de fevereiro de 2018 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
As praças de João Pessoa deixaram de ser um ambiente de convivência e lazer para a população. Na praça Estudante Orlando Geisel, no bairro Ernesto Geisel, zona sul de João Pessoa, por exemplo, comerciantes reclamam da ausência de clientes por falta de segurança.
Inaugurada no início dos anos 80, a praça foi reformada, ganhou novos equipamentos como quadra poliesportiva, pista de skate, anfiteatro, parque infantil e quiosques. Em agosto de 2016 passou por revitalização por meio de parceria pública privada.
Mas o que se vê ultimamente na praça não são jovens praticando esportes e famílias aproveitando o espaço. À noite é o horário mais crítico. Os moradores, por medo da violência, não saem de casa, mesmo morando ao lado da praça.
Mesmo com a delegacia distrital a poucos metros do espaço de lazer, não é o bastante para inibir a ação de bandidos. É de costume a circulação de usuários de drogas, prática de tráfico e até homicídios foram registrados no local.
Um morador, que não quer ser identificado, por medo de represália, relatou que costumava levar seus filhos para brincar na praça, mas por conta dos casos de violência no local e arredores ele deixou de frequentar. “Temos duas crianças de 5 e 7 anos e eles perguntam a mim e a minha esposa porque não os levamos para brincar. Ficamos sem saber o que responder e por isso de vez em quando passamos meia horinha com eles, porém sempre atentos ao que acontece ao nosso redor”.
Um dos comerciantes, que também não quis se identificar, relata que perdeu cerca de 60% dos clientes, porém a necessidade e a esperança de tempos melhores lhe faz permanecer com o comércio. “Nós tínhamos muito mais clientes, mas hoje são bem restritos. A maioria chega nos carros e preferem fazer o pedido para consumir em casa por causa da falta de segurança, diz o comerciante.
Os moradores informaram ainda, que a polícia e a guarda municipal não costumam fazer rondas pelo local.
Albermar Santos – MaisPB
NA CÂMARA - 02/10/2025