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Efeitos da Zica

Atendimento completo para microcefalia é deficitário

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publicado em 21/02/2018 às 09h51
atualizado em 21/02/2018 às 06h53

Uma em cada sete (14%) crianças com anomalias por zika no Brasil recebeu o atendimento ‘completo’ para a condição em 2017.

Os dados são do último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, criado para acompanhar a saúde de crianças brasileiras afetadas pelo vírus.

Segundo diretrizes da pasta, o ideal é que essas crianças tenham acesso à puericultura, à atenção especializada e à estimulação precoce.

Na puericultura, são feitos atendimentos importantes nos primeiros meses de vida. Nesse serviço, profissionais de saúde acompanham, por exemplo, a velocidade de crescimento do perímetro encefálico.

Na atenção especializada, crianças devem ter acesso a especialistas específicos para as dificuldades que enfrentam (respiratórias, oftalmológicas, neurológicas, por exemplo).

Já na estimulação precoce, elas frequentam serviços de reabilitação física, intelectual, auditiva, visual, entre outros.

Segundo o boletim do ministério, o Brasil teve 542 casos confirmados de crianças com microcefalia associadas ao zika em 2017. Desses:

  • 14% receberam o cuidado completo;
  • 18,5 % tiveram acesso à estimulação precoce;
  • 33,9% tiveram acesso à atenção especializada;
  • 37,6% receberam atendimento em puericultura;
  • 45,6% receberam algum tipo de cuidado.

Natimortos, óbitos e abortos

Até o dia 30 de dezembro de 2017, o país tinha 490 casos suspeitos de natimortos (nascido morto na hora do parto) e abortos em investigação.

Desses, 45,3% permanecem em investigação, 16,3% foram descartados e 12,9% foram confirmados. Não foi possível confirmar a infecção em 1,8% e 6,3% foram classificados como prováveis.

Outros 85 casos (17,3%) foram excluídos por não atenderem os critérios para investigação.

Já em relação aos óbitos, 525 estavam investigação. Desses, 46,9% ainda permanecem em investigação. Outros 145 (27,6%) forma descartados e 74 (14,1%) foram confirmados.

4% das mortes foram classificadas como prováveis e também outras 4% como inconclusivas. Outros 18 óbitos foram excluídos por não atenderem aos critérios.

Cumulativo dos casos desde 2015

Entre 2015 e 2017, o Brasil notificou 15.298 casos suspeitos de crianças com anomalias associadas ao zika.

As investigações não foram totalmente concluídas; e, segundo o Ministério da Saúde, falta concluir 18,8% dos casos.

Dos casos em que a investigação foi concluída, 3.071 foram confirmados, 6.790 foram descartados, 339 foram classificados como prováveis e 230 foram classificados como inconclusivos.

Ainda, 13% foram excluídos por não apresentarem os critérios para investigação.

 G1

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