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Marido é suspeito de matar professora de catequese

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publicado em 18/09/2017 às 14h24
atualizado em 18/09/2017 às 11h26

O marido da professora de catequese Elaine Maria Tretto, morta no fim de agosto enquanto dava aula, é considerado o principal suspeito do crime pela Polícia Civil.

Conforme o delegado Luiz Fernando Nunes da Silva, responsável pela investigação, a principal hipótese é uma motivação passional.

“Há indícios que apontam para um crime passional. Ela pediu separação e ele não aceitava. Eles vinham tendo dificuldades de relacionamento, tinham uma relação conturbada”, observa.

Testemunhas relataram à polícia que, após o crime, o homem de 53 anos apresentou mudanças no comportamento, ficando mais agressivo. “Além disso, ele estaria influenciando testemunhas”. Segundo o delegado, o homem chegou a ir à delegacia na noite da morte da mulher, mas não prestou depoimento.

“Ele ficou muito nervoso, não quis dar depoimento. Foi evasivo e depois pediu para falar acompanhado de um advogado. Passei a desconfiar dele a partir dali”, salienta o delegado.

A polícia considerou outro indício para suspeitar do homem. É que o acesso ao salão paroquial na noite do crime, que estava trancado, se deu por uma chave reserva. “O homicida tinha a chave e isso chamou a atenção. A gente passou que era alguém próximo da Elaine”, acrescenta o delegado.

Na última quarta-feira (13), a polícia obteve na Justiça a prisão preventiva do homem, mas ele não foi localizado. Desde então, ele passou a ser considerado foragido.

Entenda o caso

O crime ocorreu no dia 31 de agosto em um salão paroquial em Estância Velha. Ela foi surpreendida por volta das 20h por um homem usando capacete, roupas pretas e coturnos.

Segundo o delegado Luiz Fernando Nunes da Silva, responsável pela investigação, três alunas e uma menina de 10 anos – filha de uma das mulheres – estavam no local e foram amordaçadas e algemadas.

Em seguida, a professora foi arrastada para outra sala. Testemunhas relataram à polícia que, inicialmente, acharam que fosse um assalto. “Porque ele pediu o celular e a chave do carro dela”, relatou o delegado na época. A principal hipótese da polícia era que o crime teria sido cometido por vingança.

Em meio ao crime, as testemunhas conseguiram ouvir o homem falando com a mulher. “Ele teria falado que estava se vingando dela, que tinha prejudicado o irmão dele no passado”, conta o delegado.

A mulher foi agredida e morta por enforcamento. Sobre o corpo dela foram deixados vários panfletos de um serviço de denúncia que a catequista ajudava a divulgar. Não se sabe qual a relação dos papéis com a morte. Elaine também teve as mãos e os pés amarrados com uma fita.

Foto: G1

G1

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