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Separação da Espanha

Multidão vai às ruas pedir independência da Catalunha

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publicado em 11/09/2017 às 14h20
atualizado em 11/09/2017 às 11h21

Milhares de pessoas foram às ruas de Barcelona, nesta segunda-feira (11), para a festa da Catalunha, em uma tentativa de demonstração de força do separatismo catalão frente à mobilização espanhola contra o referendo de autodeterminação convocado para 1º de outubro.

As imagens aéreas mostravam avenidas lotadas de manifestantes. Eram dezenas de milhares no início da mobilização com exposição de bandeiras separatistas.

Lideradas pelo presidente regional, Carles Puigdemont, os manifestantes devem compor uma cruz de mais de um quilômetro, na sexta manifestação em massa do separatismo, aproveitando a “Diada” de 11 de setembro, o dia da Catalunha.

“Estou convencido de que o referendo será realizado, milhares de pessoas querem votar, não podem impedir isso”, declarou à AFP Sever Salvador, um funcionário público de 63 anos.

Os cartazes proclamavam, em catalão: “Adeu Espanya” (Adeus Espanha).

É um dia “para nos projetarmos para o futuro, um futuro que temos em nossas mãos e que decidiremos democraticamente muito em breve”, convocou Puigdemont na véspera, em um discurso institucional.

“O governo (catalão) já tem tudo preparado para que, no domingo, 1º de outubro, os catalães possam ir votar”, garantiu Puigdemont.

Se o “sim” for vitorioso, prometem fundar, em seguida, uma república independente do reino da Espanha.

Antes, terão de superar os obstáculos da Justiça e do governo espanhol do conservador Mariano Rajoy, dispostos a impedir esse referendo convocado pelo Executivo catalão, apesar da proibição do Tribunal Constitucional.

“O que vocês vão fazer no 1º de outubro? Ajudar a votar, ou ajudar a impedir?”, questionava no domingo o porta-voz do governo catalão, Jordi Turull, na cidade catalã de Lleida, cujo prefeito se negou a colaborar.

Diante da mobilização do Judiciário, o separatismo conta com o apoio de seus partidários. Assim, a marcha servirá para calibrar sua capacidade de convocação, a qual pareceu ter arrefecido na última Diada.

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