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Bebês com microcefalia fazem testes imunológicos

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publicado em 30/08/2017 às 13h14
atualizado em 30/08/2017 às 10h36

Desde o surto do Zika vírus no Brasil, a Unifacisa/FCM-CG vem realizando pesquisas sobre a ação do vírus em gestantes e bebês microcefálicos. Até então, os testes vinham sendo feitos pela detecção do genoma viral nas amostras através de PCR em tempo real. Agora o projeto está entrando em uma segunda fase, onde também está sendo verificada uma possível associação do vírus Zika com outros tipos de viroses.

De acordo com o coordenador do Núcleo de Genética Médica da FCM – CG (Nugem), Bruno Schamber-Reis, esta abordagem está sendo realizada para verificar se outras viroses podem potencializar os efeitos causados pelo Zika no desenvolvimento de sintomas da doença e do surgimento de microcefalia nos bebês.

“Nosso trabalho neste momento é com as mães de bebês com microcefalia e com os próprios bebês. Coletamos o sangue de 500 pacientes e estamos testando-os via sorologia que nos informará melhor qual foi o momento provável da infecção e o tempo pós infecção para aparecimento dos sintomas. Estamos fazendo tudo através de teste sorológico de ELISA, que informarão também se o paciente foi coinfectado por outros vírus, incluindo os vírus da Dengue e Chikungunya (também transmitidos pelo mosquito Aedes aegypty) e outras viroses incluídas num grupo denominado STORCH, das quais fazem parte Sífilis, Toxoplasmose, Rubéola, dentre outras. Com isso vai ser possível também detectar infecções passadas as quais as mães ficaram expostas”, afirmou.

As pesquisas estão sendo realizadas em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) juntamente com o Instituto Paraibano de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto (IPESQ).

“Queremos fazer um diagnóstico mais completo e somar o resultado dessas sorologias com os resultados que obtivemos através do diagnóstico molecular do RNA viral de Zika. Identificar como o Zika vírus pode ser influenciado por essas outras viroses afetando o bebê e a mãe e tentar entender um pouco dessa dinâmica de como isso está acontecendo. Esse é ainda um conhecimento que nós cientistas não temos, não sabemos muito bem como tudo isso acontece. Esperamos publicar um artigo detalhando melhor como o Zika interage com nosso sistema imune e outros cofatores de risco no desenvolvimento da doença”, finalizou.

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