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Segundo a ONU

Zika custou 4,6 bilhões de dólares ao Brasil

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publicado em 15/08/2017 às 13h34
atualizado em 15/08/2017 às 11h27

Entre os anos de 2015 e 2017, o zika custou ao Brasil US$ 4,6 bilhões, o que representa 0,09% do PIB. Já a longo prazo, os custos associados ao vírus poderão chegar a US$ 10 bilhões. Os dados são do primeiro relatório sobre a avaliação socioeconômica do zika lançado em Brasília nesta terça-feira (15).

A ONU aponta que o custo do tratamento de cada criança com microcefalia associada ao zika ao longo da vida pode chegar a US$ 890 mil. Atualmente, 48 países apresentam casos confirmados do vírus. O maior número de infecções nos países foi registrado durante o ano de 2016. Este ano, houve queda.

A estimativa das Nações Unidas é que o impacto socioeconômico da doença na América Latina e Caribe chegue a R$ 18 bilhões de dólares , aproximadamente R$ 56 bilhões.

“O zika se assemelha à mobilização durante a epidemia de ebola na África. Tivemos uma geração de crianças infectadas”, afirma João Paulo Toledo, diretor da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

Representante da Organização Panamericana de Saúde, Joaquin Molina explica que o Brasil articulou-se para identificar a síndrome e ainda será importante para a busca de respostas.

“O Brasil é hoje e vai ser possivelmente o país mais importante para ajudar a responder as perguntas que ainda temos”,explica.

O relatório, elaborado pelas Organização das Nações Unidas e pelo Ministério da Saúde, analisou o impacto causado pela doença no Brasil, Colômbia e Suriname desde 2015, quando o vírus zika começou a espalhar-se.

Preparado por especialistas, pesquisadores, organizações de saúde e universidades internacionais, os valores foram calculados com base em avaliação de impacto do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV).

O Caribe é a região mais afetada com o problema. O impacto no local é cinco vezes maior que em toda a América Latina. Estima-se que o país tenha perdido aproximadamente R$ 28 bilhões em três anos, devido à redução no turismo interacional. No Brasil, os custos devem ser maiores, pois o impacto geral deve ser sentido mais intensamente nos países mais pobres.

O relatório conclui que as estratégias locais e nacionais dos países precisam ser fortalecidas no combate à doença. De acordo com a ONU, os governos devem estar prontos para reagir em casos de doenças que podem ser transmitidas com rapidez.

G1

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