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pesquisa CNJ

54% dos presídios da PB são péssimos ou ruins

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publicado em 07/06/2017 ás 10h46
atualizado em 07/06/2017 ás 16h52
Presídio do Róger, em João Pessoa

Mais da metade dos presídios da Paraíba estão em situação péssima ou ruim. Os dados constam em pesquisa realizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre as condições dos presídios brasileiros. A Paraíba ostenta o sétimo maior déficit de vagas, com 83%.

No Estado existem 83 unidades prisionais, das quais 30 funcionam em qualidade péssima, 15 em situação ruim, 30 regular e sete boa. Nenhuma unidade é tida como excelente para abrigar presidiários.

Os dados mostram que os presídios no estado abrigam 12.367 apenados, mesmo com a capacidade sendo para apenas 6.422 presos, o que representa um déficit de 5.368 vagas. A avaliação é feita por juízes de execução penal em inspeções realizadas nas unidades prisionais.

A pesquisa aponta a Penitenciária Modelo Desesembargador Flóscolo da Nóbrega (Róger) com o maior déficit no Estado. São 2.494 presos amontoados em um espaço para apenas 470. Mesmo assim, a situação é considerada regular.

A lista é seguida pela Penitenciária Regional de Campina Grande Raimundo Asfora (Serrotão). São 1.010 presos para 280 vagas disponíveis, o que rendeu uma avaliação ruim. No local não há refeitório para presos. Conforme o CNJ, as apreensões de celulares são constantes no presídio e os presos ameaçados de morte não ficam em ala separada.

Ainda no município, a Penitenciária Jurista Agnello Amorim (Monte Santo) foi considerada péssimas pelos magistrados. A cozinha e refeitório foram considerados inadequados, as instalações elétricas foram avaliadas como precárias, além disso, o telhado da unidade prisional está envelhecido e inexiste no local instrumentos de combate a incêndio, conforme o CNJ.

A Penitenciária Regional de Guarabira está no limite, com as 174 vagas ocupadas.

Existem casos, porém, em que há vagas sobrando para presos, a exemplo de: Araruna, Barra de Santa Rosa, Boqueirão, Catolé do Rocha, Coremas, Gurinhém, Pedras de Fogo, Pilões, Prata, Santa Luzia, São Bento, Soledade e Taperoá.

Confira a lista completa das unidades

Presídio do Róger

A Penitenciária Modelo Des. Flóscolo da Nóbrega (Roger) conta com o trabalho de 90 agentes penitenciários, o que representa uma média de um agente para cada 27 internos. A unidade conta com nove computadores, acesso à internet e qualidade de alimentação adequada. Confira o relatório completo

Presídio O Serrotão

A Penitenciária Regional de Campina Grande Raimundo Asfora (Serrotão) conta com o trabalho de 83 agentes penitenciários, o que representa uma média de um agente para cada 12 internos. A unidade dispõe de seis computadores e acesso a internet. A qualidade da alimentação não foi divulgada. Confira o relatório completo 

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