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Onze pré-candidatos a vereador são executados no Rio de Janeiro

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publicado em 14/07/2016 às 12h12
atualizado em 14/07/2016 às 09h51
presidente do PSDB no Rio, Otávio Leite, disse que pré-candidato a prefeito desistiu da disputa em Magé Foto: Givaldo Barbosa / Agência O Globo

Os recentes assassinatos de pré-candidatos na Baixada Fluminense — foram 11 casos em nove meses — acenderam um alerta entre os partidos. A última vítima foi a pré-candidata a vereadora de Magé Aga Lopes Pinheiro, de 49 anos. Otávio Leite, que comanda o PSDB no Rio, disse que um pré-candidato a prefeito daquela cidade, filiado à legenda, desistiu de concorrer nas próximas eleições justamente por causa da violência:

— Ele veio para o partido para ser candidato em Magé, mas desistiu porque a família não aceitou diante da insegurança que representa a candidatura. Chama a atenção o nível de violência política na Baixada. Em Magé, qualquer candidato anda com segurança e alguns até com colete à prova de balas.

Leite ressaltou que os pré-candidatos do PSDB vão ser orientados a tomar mais cuidado nesse período pré-eleitoral:

— Vamos orientar nossos candidatos que tomem cautela, não abusem do horário na rua, porque, de fato, na Baixada, há muitas situações de risco.

O presidente estadual do PDT, José Bonifácio, acredita que os acordos entre políticos e organizações criminosas sejam uma das causas para que esse tipo de crime tenha se tornado comum na região:

— Infelizmente, alguns políticos inescrupulosos acabam fazendo acordo com qualquer tipo de segmento da sociedade, como tráfico de drogas, milícia, crime organizado. Não estou dizendo que tenha sido esse o caso (referindo-se ao assassinato de Aga Lopes) , mas é uma possibilidade. Quem faz acordo com esse tipo de pessoa acaba ficando vulnerável a determinado tipo de represália.
Bonifácio disse ainda que o PDT também está orientando os seus filiados.

— No sábado, fizemos reunião onde foram convocados todos os representantes dos diretórios municipais com os lugares onde temos candidatos a prefeito e a vereador. Foi colocada claramente a necessidade de se cumprir regras eleitorais e restrições que se fazem à pré-campanha. E evidentemente os acordos. Não se pode fazer acordo espúrio.

Outros pré-candidatos que foram vítimas

No último dia 2, Sérgio da Conceição de Almeida, o Berém do Pilar, também foi morto a tiros em Duque de Caxias. Conhecido como líder comunitário do Pilar, ele era investigado por porte ilegal de arma de fogo. No dia 17 de junho, o policial militar Manoel Primo Lisboa, de 52 anos, levou um tiro na cabeça em Cabuçu, Nova Iguaçu. A mulher do subtenente, Adriele de Carvalho do Carmo, de 30, também morreu. Oito dias antes, Leandro da Silva Lopes, o Leandrinho de Xerém, de 38, estava em um bar na Praça da Pedreira quando foi atingido por vários disparos e morreu na hora, em Caxias. Ele tinha duas passagens pela polícia por suspeita de homicídio e por porte ilegal de arma. O primeiro caso desta sequência foi o assassinato de Anderson Vieira Gomes, de 38 anos, mais conhecido como Anderson Soró. Ele foi morto a tiros na frente do colégio particular em que era diretor, no bairro Corumbá, em Nova Iguaçu. A DHBF investiga todos os casos.

Extraonline

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