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SUBSTITUTO DE CUNHA

Giacobo é o 7º deputado a registrar candidatura à presidência da Câmara

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publicado em 11/07/2016 às 16h27

O segundo vice-presidente da Câmara, Fernando Giacobo (PR-PR), formalizou nesta segunda-feira (17) sua candidatura para suceder o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Câmara dos Deputados. Giacobo foi o sétimo parlamentar a registrar participação na eleição (veja no final desta reportagem a lista com os que já anunciaram candidatura). A eleição deve acontecer na próxima quarta-feira (13). 

Como segundo vice-presidente da Câmara, Giacobo chegou a presidir sessões durante o afastamento de Eduardo Cunha e na ausência do vice-presidente Waldir Maranhão (PP-MA). Ele é conhecido na Casa por ter sido premiado 12 vezes na loteria em apenas um ano. Na época, ele não era deputado.

A assessoria do Partido da República (PR) afirma que o parlamentar ganhou na loteria esportiva em 1997, jogando em bolões com amigos. “Ele recebeu R$ 123 mil da parte que lhe coube no prêmio, conforme consta da declaração do Imposto de Renda. Ele não foi premiado em outros concursos”, diz o texto.

Fernando Lúcio Giacobo nasceu em Pato Branco (PR) em 1970. Em 1988, tornou-se empresário do ramo de móveis e eletrodomésticos e, depois, do ramo automotivo.

Líder do PSD

Um dos favoritos na disputa, o líder do PSD na Casa, Rogério Rosso (DF) anunciou na manhã desta segunda que também vai ser candidato.

Rosso explicou que tem o aval da bancada do partido na Câmara e o apoio da família, mas, como preferiu esperar pelas definições das regras da eleição, ainda não registrou oficialmente a sua candidatura.

“Assim que as regras das eleições estiverem definidas, vamos registrar a nossa candidatura. Não por vontade própria, mas, sim, de um conjunto de parlamentares do meu partido, que entendemos que eu reuniria o perfil”, disse o deputado.

Ele é aliado próximo de Cunha e um dos parlamentares mais influentes do chamado “Centrão”, bloco que reúne os partidos de centro-direita da Casa. Neste ano, o nome de Rosso ganhou peso na Câmara após ele ter presidido a comissão especial do impeachment que analisou o afastamento de Dilma Rousseff.

Candidaturas confirmadas

Até o momento, sete deputados já haviam formalizado a participação na eleição prevista para acontecer nesta semana. Veja quem são:

–  Fausto Pinato (PP-SP): advogado, tem 39 anos e está em seu primeiro mandato. Chegou a ser eleito relator do processo contra Cunha no Conselho de Ética, mas foi substituído.

 Carlos Gaguim (PTN-TO): administrador, tem 55 anos e também está no primeiro mandato. Foi vereador e deputado estadual no Tocantins. Governou o estado após a cassação do então governador Marcelo Miranda e do vice Paulo Sidnei pelo TSE, em 2009.

 Carlos Manato (SD-ES): médico, tem 58 anos e está no quarto mandato na Câmara. É o atual corregedor da Casa e já ocupou cargos de suplente na Mesa Diretora.

– Marcelo Castro (PMDB-PI): médico, 66 anos, foi ministro da Saúde do governo da presidente afastada, Dilma Rousseff. Como deputado, está no quinto mandato.

– Fábio Ramalho (PMDB-MG): empresário, está no terceiro mandato consecutivo na Câmara. Ele já foi prefeito do município de Malacacheta (MG), entre 1997 e 2004.

– Heráclito Fortes (PSB-PI): funcionário público, exerce o quinto mandato na Câmara. Ex-integrante do DEM, foi um dos principais opositores do governo Lula no Senado. Já comandou a prefeitura de Teresina.

– Fernando Giacobo (PR-PR), segundo vice-presidente da Câmara. Foi eleito deputado federal pela primeira vez em 2002, pelo PPS, e reeleito em 2006, pelo PL (hoje PR). Nas últimas eleições, em 2014, teve 144 mil votos.

Além deles, três deputados anunciaram que irão concorrer mas ainda não oficializaram candidatura: Rogério Rosso (PSD-DF), a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha do delator do mensalão Roberto Jefferson, e Beto Mansur (PRB-SP), primeiro-secretário da Câmara.

Polêmica da data

Após um fim de semana de intensas negociações, líderes partidários e o presidente em exercício da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), acordaram que a eleição para a presidência da Casa deve ser realizada na noite da próxima quarta-feira (13).

Maranhão foi convencido neste domingo (10) por interlocutores do governo Michel Temer a antecipar a data da eleição, marcada anteriormente por ele para quinta. Ele deve anunciar a mudança após reunião de líderes nesta segunda.

Desde que a corrida pela presidência da Câmara, que estava limitada aos bastidores nas últimas semanas, foi deflagrada oficialmente com a renúncia de Cunha, a data da eleição se transformou em um conflito entre o presidente interino da Casa e líderes partidários.

No mesmo dia da renúncia, Maranhão marcou o pleito para a próxima quinta, mas foi desautorizado pelos líderes partidários, que a anteciparam para terça.

G1

 

 

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