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preso em natal

Esposo acusado de matar mulher fisiculturista aguarda julgamento

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publicado em 25/03/2016 às 11h59
atualizado em 25/03/2016 às 14h57

Acusado de matar a própria mulher – a fisiculturista Fabiana Caggiano, assassinada em Natal em 2013 – Alexandre Furtado Paes, de 41 anos, aguardará julgamento no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pirangi, na Zona Sul de Natal. Alexandre chegou a Natal no início da tarde desta quarta-feira (23).

Em coletiva de imprensa, os investigadores da Polícia Civil reforçaram a tese de que Alexandre é o responsável pela morte da fisiculturista. De acordo com o delegado Luiz Lucena, da Delegacia de Capturas (Decap), mais de 10 testemunhas foram ouvidas durante as investigações, confirmando a tese de que Alexandre foi o responsável pela morte de Fabiana.

Fabiana Caggiano morreu dia 2 de janeiro de 2013 após ficar cinco dias em coma. De acordo com as investigações, ela foi estrangulada no banheiro de um hotel em Natal, onde ficou hospedada com a família na época.

Preso por policiais do Deic (Departamento Estadual de investigações Criminais), Alexandre era procurado pelo Justiça potiguar fazia três anos. Ele é acusado por homicídio qualificado (motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de a vítima se defender) e também responde ao agravante de ter modificado a cena do crime. Na época da morte da fisiculturista, o empresário negou o crime, alegando que a mulher havia tido um mal súbito durante o banho. E, ao cair, teria batido a cabeça e quebrado o pescoço. Porém, exames periciais realizados no corpo de Fabiana indicaram que ela foi morta por asfixia mecânica (estrangulamento).

Relembre o caso
Segundo o próprio Alexandre Paes, na manhã de 28 de dezembro de 2012, a mulher estava tomando banho quando ela teria sofrido uma queda repentina dentro do banheiro de um hotel na Zona Leste de Natal. O Samu foi acionado e já encontrou a paulista desacordada. No dia 2 de janeiro de 2013, no entanto, a fisiculturista morreu na UTI de um hospital particular da cidade.

Familiares disseram que Fabiana, enquanto esteve internada, permaneceu o tempo todo em coma induzido. Em razão da suposta queda, o corpo da atleta foi removido para necropsia no Instituto Técnico-Científico de Polícia do RN (Itep). Laudos preliminares revelaram que a vítima havia sofrido asfixia mecânica, com características de estrangulamento.

Marcas de asfixia no pescoço de Fabiana Caggiano (Foto: Reprodução/Henrique Dovalle/Inter TV Cabugi)
Marcas de asfixia no pescoço de Fabiana Caggiano
(Foto: Reprodução/Henrique Dovalle/Inter TV Cabugi)

No dia 23 de janeiro de 2013, após a conclusão dos laudos realizados pelo Itep, o delegado Frank Albuquerque confirmou que a fisiculturista havia sido assassinada. “As suspeitas foram confirmadas. Exames toxicológicos deram negativos. No entanto, os laudos complementares realmente apontam que Fabiana foi vítima de asfixia mecânica (estrangulamento)”, afirmou.

O empresário Alexandre Furtado Paes, que possui uma academia de musculação na cidade de Osasco, em São Paulo, tornou-se réu no processo no início de março de 2013, quando o juiz Ricardo Procópio, titular da 3ª Vara Criminal de Natal, acatou denúncia do Ministério Público. O viúvo teve a prisão temporária decretada em 25 de janeiro de 2013, e desde então era considerado foragido.

G1

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