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Preso há 11 dias, jogador espera audiência; vítima diz que se confundiu

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publicado em 22/02/2016 às 09h57
atualizado em 22/02/2016 às 07h02

O jogador de futebol Sylvestre, ex-atacante do Olaria, está preso, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, acusado de roubar um celular. Mas a família do atleta diz que ele é inocente e que tudo não passa de um engano. Sylvestre foi preso porque o nome dele aparecia como proprietário da Kombi usada no crime. Mas o jogador já tinha vendido o veículo e estava jogando uma partida na Bahia no dia do crime.

A mulher do jogador, Karla Gomes, conta que entre namoro e casamento já se vão 11 anos, completados no dia 19 de fevereiro. Mas desta vez o casal não pôde comemorar.

“É desesperador. Não consigo imaginar como ele está lá dentro. Isso, para mim, é o que mais dói, porque uma pessoa honesta, que trabalha, que não fez nada de errado. Acho que cada minuto dele lá dentro é uma cicatriz que vai ficar para o resto da vida nossa. Mesmo que depois fique tudo bem, eu acho que é uma coisa que a gente nunca vai esquecer e a gente não precisava estar passando”, desabafa a mulher.

Karla recebeu a equipe do Bom Dia Rio na casa deles, em Cordovil, no Subúrbio do Rio. O atacante Sylvestre Pereira de Sousa, de 31 anos, já passou por vários clubes pequenos e chegou a atuar na Europa, no Santa clara de Portugal. Seu último time foi o Olaria.

Sylvestre foi preso acusado de roubo, O caso aconteceu no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, em 2013, quando o assaltante roubou o celular de uma adolescente que passava na rua. Na época a jovem reconheceu Sylvestre numa foto 3×4. O verdadeiro dono da Kombi esclareceu o engano.

O sobrinho dele admitiu o crime em depoimento na delegacia. O Sport TV conseguiu uma cópia do documento. Mas o assaltante não foi reconhecido pela vítima. Os advogados conseguiram relaxar o pedido de prisão de Sylvestre, que na data do roubo estava na Bahia jogando pelo Juazeirense.

O problema é que a justiça emitiu um novo mandado. Karla diz que o juiz alegou não ter encontrado Sylvestre para comparecer às audiências. A mulher de Sylvestre conta que eles só ficaram sabendo que ainda havia um mandado de prisão contra ele em julho do ano passado, quando um oficial de justiça veio até Cordovil. A partir daí a família procurou um advogado para tentar revogar esse pedido de prisão, mas não conseguiu.

No último dia 11 de fevereiro ele foi preso em casa e no dia seguinte transferido para Bangu.

“Pedi muito ao policial que tirasse as algemas deles, ele só repetia da vergonha que ele estava passando. Sylvestre estava muito desesperado, chorando, eu também, eu fui atrás, mas foi uma situação muito difícil”, contou a mulher.

Agora uma audiência de julgamento está marcada para o dia 29 de fevereiro. A vítima do assalto já fez uma declaração em cartório afirmando que estava nervosa na época e que hoje, depois de ver novas fotos, tem certeza de que Sylvestre não era o assaltante. O documento já foi entregue ao juiz pelos advogados.

“Quero este pesadelo acabe, que ele saia de lá e a gente possa voltar à nossa rotina. A vítima já diz que não é ele. Tem documento dizendo onde ele estava. Então, não tem motivo nenhum para estar dentro de onde ele está. Que chegue o dia deste julgamento e que isso se resolva e ele possa voltar para casa para o cantinho dele”, disse Karla.

Globo

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