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ÁFRICA DO SUL

Presidente devolverá parte do dinheiro gasto em reforma

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publicado em 03/02/2016 ás 14h04
atualizado em 03/02/2016 ás 14h05

O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, aceitou devolver parte dos 246 milhões de rands (R$ 60,5 milhões) de dinheiro público que gastou há seis anos na reforma de sua residência, como pediu a Defensora do Povo.

“Para acabar com esta interminável disputa de acordo com as recomendações da Defensora do Povo, o presidente propõe que se determine de forma independente e imparcial a quantidade que deve pagar”, diz um comunicado da presidência divulgado nesta quarta-feira.

Com esta proposta, Zuma pretende conseguir um acordo que ponha fim ao processo judicial contra si pelo Tribunal Constitucional a pedido da oposição, cuja audiência está marcada para 9 de fevereiro.

Zuma sugere que o Auditor Geral (cargo similar ao do Defensor Público, que tem como função supervisionar as contas públicas) e o ministro das Finanças sejam designados pelo Tribunal para determinar a quantidade que deve devolver.

A presidência justificou como obras destinadas a garantir a segurança do líder -e portanto a cargo do contribuinte- a construção em sua residência de Nkandla de um estábulo para vacas, um curral para frangos, uma piscina e um anfiteatro, segundo o relatório que publicou a Defensora do Povo, Thuli Madonsela, em 2014.

Neste mesmo documento, pede-se para calcular, com ajuda da Tesouraria Nacional e da Polícia, o custo das obras que não estavam relacionadas com sua segurança.

Após muitas reservas e as repetidas exigências da oposição no parlamento, Zuma encarregou o cálculo ao ministro da Polícia, que exonerou o presidente de devolver qualquer quantidade.

Em seu relatório, o ministro de Polícia, Nkosinathi Nhleko, membro do governista Congresso Nacional Africano (CNA) que lidera Zuma, assegurava que a piscina é “um elemento estratégico para apagar fogos”, e portanto uma infraestrutura dedicada à segurança.

A mesma qualificação mereceu o espaço para os animais.

Jacob Zuma chegou em 2009 à presidência da África do Sul, depois que a Justiça retirou mais de 700 acusações por corrupção que pesavam contra ele.

Zuma, de 73 anos, revalidou em 2014 o cargo com maioria absoluta, apesar das várias acusações de corrupção contra ele e sua administração.

G1

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