João Pessoa, 22 de janeiro de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
“Ninguém entra e ninguém sai”. É assim que Antônio Roque de Oliveira, ex-chefe da Defesa Civil e morador do município de Riachão do Jacuípe, a 197 km de Salvador, fala sobre a chuva torrencial que caiu durante toda a madrugada. A água destruiu parte da BR-324 e BA-120, estradas que ligam Riachão a outras localidades da Bahia.
Em contato com o Aratu Online na manhã desta sexta-feira (22/01), o morador contou que a chuva teve início na noite de quinta-feira e durou cerca de dez horas. “Tive em um local pela manhã [de hoje] e voltei lá horas depois. Em algumas horas, o volume de água aumentou em três metros e não pára de subir”, destacou Antônio.
Segundo ele, os moradores estão se mobilizando para amenizar a tragédia, que, segundo levantamento inicial, deixou 350 pessoas desabrigadas. “A população está se mobilizando. Pessoas que puderam doar casas abandonadas e galpões estão alojando as famílias que tiveram suas casas inundadas. A prefeitura doou espaços em escolas temporariamente”, acrescentou Antônio.
Outra cidade
Em outro ponto da Bahia, em Santa Maria da Vitória, as fortes chuvas que caem há cerca de duas semanas, fizeram a população da cidade mudar os hábitos. Os tradicionais carros e motos foram substituídos por barcos e jangadas, únicos meios de transporte viáveis depois que o Rio Corrente transbordou na quarta-feira (20/01).
De acordo com o secretário de Administração de Santa Maria da Vitória, Regivaldo Cunha, foi decretado estado de calamidade pública na quinta-feira. O Centro da cidade, que possui um total de 41 mil habitantes, está completamente alagado.
Aratu Online
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