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As Forças Armadas turcas bombardearam cerca de 500 alvos do Estado Islâmico (EI) na Síria e Iraque e mataram quase 200 de seus membros como resposta ao atentado suicida de terça-feira em Istambul, anunciou nesta quinta-feira (14) o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu.
O primeiro-ministro detalhou que esses ataques foram realizados “por terra, com morteiros e tanques”, partindo tanto do acampamento de forças voluntárias iraquianas de Bashika, ao nordeste de Mossul, quanto da fronteira turco-síria.
A presença de unidades militares turcas com armamento pesado em Bashika tinha suscitado em dezembro tensões entre Turquia e o governo iraquiano, que exigiu a retirada de todos os soldados turcos de seu território, apesar disto aparentemente não ter ocorrido.
“Disparamos com todos os recursos ao nosso alcance e pudemos comprovar um a um que ‘neutralizamos’ cerca de 200 membros do EI, entre eles vários dirigentes regionais”, disse Davutoglu.
O líder prometeu “continuar lutando com toda força” contra a organização extremista “que suja o nome do islã”, “até afastá-la totalmente das fronteiras da Turquia”.
Davutoglu advertiu, além disso, contra o perigo de considerar todos os refugiados sírios como terroristas porque o jihadista suicida da praça Sultanahmet tinha se apresentado às autoridades turcas sob esta identidade dias antes de cometer o atentado.
“Se agora virmos todos os sírios como uma ameaça, e se considerarmos todos os muçulmanos no mundo uma ameaça potencial por causa do EI, então teremos caído na armadilha para qual os terroristas querem nos levar”, ressaltou Davotoglu.
G1
NA CÂMARA - 02/10/2025