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Carnaval teve 106 mortes nas rodovias federais do país, segundo a PRF

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publicado em 12/02/2016 às 12h51

Durante o feriado de carnaval, 106 pessoas morreram nas estradas federais brasileiras. O número é menor que o registrado em 2015, quando houve 116 mortes. A redução foi de 8,6%. Os números foram divulgados nesta sexta-feira pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Ao todo, houve 1.704 acidentes, dos quais 185 foram graves. Isso significa uma queda 39,7% e 55,2% respectivamente em relação aos 2.824 acidentes no Carnaval de 2015, dos quais 413 foram graves. A quantidade de feridos também diminuiu 11,1%, passando de 1.849 em 2015 para 1.643 este ano.

Os índices de mortes e acidentes – quando se leva em conta o tamanho da frota brasileira em 2015 e em 2016 – também caíram. O período analisado vai da sexta-feira de Carnaval (5 de fevereiro) à quarta-feira de cinzas (10 de fevereiro).

A PRF informou ainda que retirou 1.347 motoristas embriagados das estradas, prendendo 162 que tiveram índice de alcoolemia superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar. Foi realizado um teste de alcoolemia a cada sete minutos.

Também foram flagrados 7.582 condutores fazendo ultrapassagem em locais proibidos. Além das multas por ultrapassagem, mais de 36 mil foram aplicadas. Também foram apreendidos 1.848 veículos. A PRF ainda flagrou 92.039 motoristas dirigindo acima do limite permitido.

Autoridades presentes na divulgação do balanço elogiaram os resultados. A diretora-geral da PRF, Maria Alice Nascimento Souza , afirmou que o Brasil, no caso das rodovias federais, já atingiu a meta estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2010 para reduzir em 50% as mortes no trânsito até 2020. Em relação a todas as ruas e estradas brasileiras, o objetivo ainda não foi alcançado.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, aproveitou para refutar as críticas de sucateamento na PRF e na Polícia Federal (PF), que estão subordinadas à pasta comandada por ele. Cardozo disse que os índices se devem em parte à aquisição de equipamentos, à melhoria nas condições de trabalho dos policiais rodoviários federais e também à melhorias de gestão.

– Fala-se muito de verba orçamentária. Quando em nenhum momento reduziu verbas de nenhuma polícia. Não há nenhum sucateamento na Polícia Rodoviária Federal nem na Polícia Federal – afirmou Cardozo, acrescentando: – De 2011 (ano em que ele assumiu o ministério) para cá, foi uma queda brutal (nos acidentes e mortes).

No começo desta semana, agentes da PF publicaram no Facebook uma carta à sociedade em que, em linhas gerais, acusam os delegados federais, com quem têm uma antiga rixa, de serem corporativos, maus gestores e preocupados com privilégios, como o auxílio moradia. Alguns tiros acabam resvalando no governo, em especial no tocante à aquisição de equipamentos que, pouco usados, se deterioraram, como binóculos, lanchas, um sistema de telecomunicações e veículos aéreos não tripulados, os vants.

Os agentes começam rechaçando uma reclamação dos delegados: de que os cortes orçamentários irão prejudicar a PF. A carta diz que ideia de que faltará recursos é falaciosa e que o principal problema é de gestão. No geral, os delegados ocupam mais cargos de chefia que os agentes, além de ganhar mais. Os delegados vinham usando o argumento dos cortes orçamentários – e o impacto disso na Operação Lava-Jato – para pressionar o governo.

A página no Facebook em que foi publicada a carta se chama “Agentes Federais do Brasil” e reúne agentes de várias partes do país. Entre outros problemas, diz que os binóculos Sophie, que custam US$ 80 mil cada, estão jogados num depósito. Chama atenção ainda para a compra de lanchas que, por falta de uso, estão sucateadas. Também estariam em desuso os vants e o Tetrapol, um sistema de telecomunicações adquirido pela PF. Nesta sexta-feira, Cardozo disse que a direção da PF já está respondendo pontualmente as questões levantadas.

O Globo

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