João Pessoa, 21 de agosto de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O governador João Azevêdo (PSB) admitiu, na manhã desta quinta-feira (21), que o Governo poderá ingressar com um recurso no Tribunal de Justiça contra a decisão do presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino (Republicanos), de devolver os vetos do Poder Executivo à Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2026.
Durante inauguração da nova sede da Delegacia-Geral da Polícia Civil, em João Pessoa, Azevêdo frisou que o tema está sendo discutido pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE) para avaliar quais as medidas a serem adotadas. Questionado se uma das alternativas poderia ser uma batalha judicial, o governador afirmou que em determinadas situações é preciso ter alguém que atue como “árbitro”.
“Nós recebemos ontem a devolução do veto. A PGE está procurando fazer uma análise e verificar quais as medidas teremos a tomar. Quando existe um litígio [conflito], é importante que você encontre alguém para arbitrar. Essa é uma decisão natural. Se for esse caminho, faremos com muita naturalidade, porque isso não se trata de questões pessoais. São interesses do Estado que estão em jogo”, reagiu.
O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino (Republicanos), devolveu, na última terça-feira (19), os vetos do governador João Azevêdo (PSB) ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias 2026. A decisão foi tomada em meio ao impasse entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo sobre o prazo que o governo tinha para se manifestar sobre a matéria aprovada antes do recesso na Casa de Epitácio Pessoa.
Segundo Galdino, os principais pontos vetados por Azevêdo são relativos ao trecho que trata sobre o aumento da porcentagem de emendas impositivas e “repasse mais justo” do duodécimo aos demais poderes.
“O Poder Executivo pela Constituição Estadual e pela Constituição Federal tem 15 dias para se manifestar ou, não querendo, silenciar. Nós entramos em recesso. Quando retornei do recesso, na condição de presidente, o secretário legislativo me procurou e me comunicou que o governo não tinha sancionado, nem vetado”, explicou.
O parlamentar afirmou que como já tinham passados 40 dias da aprovação da LDO, acreditou que o governo iria usar a prerrogativa de silenciar.
“Imaginei que o governo não quisesse colocar seu DNA nessas tratativas. Então, diante desse fato, um fato que já ocorreu por diversas vezes, quando o Poder Executivo tem silenciado e eu promulgado, mais uma vez eu promulguei, achando eu que o governo não tinha mais interesse em sancionar”, prosseguiu.
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INVESTIGAÇÃO - 21/08/2025