No dia 21 de junho, o planeta inteiro faz uma pausa simbólica para celebrar algo que é simples, milenar e poderoso: o Yoga. A data não foi escolhida por acaso. É o solstício de verão no hemisfério norte, um momento de luz intensa e conexão com a natureza. Na tradição indiana, esse dia tem grande valor espiritual. Foi por isso que o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, sugeriu à ONU que criasse o Dia Internacional do Yoga. A proposta foi aprovada por 175 países em 2014. Desde então, a celebração tem ganhado cada vez mais força.

Desde a primeira edição, em 2015, o Dia do Yoga tem sido marcado por eventos coletivos em praças, praias, parques e até dentro de empresas. De Nova York a Nova Déli, de Tóquio a João Pessoa, milhões de pessoas se reúnem para praticar em conjunto e lembrar que o Yoga é mais do que uma sequência de posturas. É uma filosofia de vida. Não importa a idade, a religião, a roupa ou o grau de flexibilidade. O que importa é estar presente.

O Yoga nasceu na Índia há milhares de anos, mas hoje é praticado em todos os cantos do mundo. Seus benefícios vão muito além do corpo. Ajudam a reduzir o estresse, melhorar a respiração, acalmar a mente e aumentar o foco. É por isso que a data foi criada: para que mais pessoas conheçam esses efeitos positivos e descubram que o bem-estar não precisa ser caro ou complicado. Às vezes, tudo começa com um tapete estendido no chão e alguns minutos de silêncio.

Cada ano traz um tema diferente. Em 2023, o foco foi a unidade entre os povos. Em 2024, o destaque é o empoderamento feminino. Essa variedade de temas mostra que o Yoga é flexível também no sentido social. Ele pode ser ferramenta de inclusão, cuidado com o meio ambiente, valorização da saúde mental ou fortalecimento de comunidades. Tudo depende da intenção com que se pratica.

Aqui no Brasil, a comemoração tem ganhado corpo. Em várias cidades, há aulas gratuitas ao ar livre, rodas de conversa, sessões de meditação e oficinas de respiração consciente. É comum ver famílias inteiras participando, crianças brincando enquanto os adultos respiram fundo, idosos reaprendendo a se alongar com gentileza. Em tempos de tanta correria, parar para respirar virou um ato revolucionário.

A própria ONU, ao reconhecer o Dia do Yoga, destacou que a prática revela nossa humanidade comum. Isso quer dizer que, no fundo, todos buscamos paz, saúde e um pouco de silêncio. E o Yoga é uma das ferramentas mais antigas, e ainda assim mais atuais, para acessar esse estado de equilíbrio. Não é preciso ser um especialista. O Yoga começa do jeito que você está, com o corpo que você tem e a mente que deseja cuidar.

A Unesco também reconheceu o Yoga como Patrimônio Imaterial da Humanidade. Isso reforça que não se trata apenas de uma moda, mas de um conhecimento ancestral que continua relevante. E justamente por isso, ele pode ser adaptado a qualquer pessoa, em qualquer momento da vida. Não importa se você está começando agora ou já pratica há anos. O Yoga sempre tem algo novo a oferecer. E sempre começa pelo primeiro passo: parar e respirar.

Celebrar o Dia Internacional do Yoga é, acima de tudo, um lembrete. Um lembrete de que é possível viver com mais calma, cuidar do corpo sem agressão, lidar com a mente sem culpa e se conectar com os outros de forma mais leve. Quando nos damos esse tempo, abrimos espaço para escutar melhor. Não só os sons ao redor, mas principalmente o que vem de dentro.

Se você nunca praticou, talvez esse seja um bom momento para experimentar. Não precisa se inscrever em um estúdio ou comprar roupas especiais. Há vídeos gratuitos, aulas em espaços públicos e até encontros comunitários acontecendo por perto. Basta chegar com respeito, curiosidade e vontade de se conhecer um pouco mais. O Yoga não cobra perfeição. Ele só convida à presença.

Neste 21 de junho, em vez de apenas mais um dia no calendário, por que não fazer dele um ponto de virada? Um instante em que você decide parar, respirar, ouvir o que o corpo e o coração estão tentando dizer. Talvez a resposta que você esteja procurando já esteja aí dentro. Só esperando o momento certo para surgir. E às vezes, tudo o que ela precisa é de uma inspiração profunda.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

Leia Também:

Gestão de Pessoas no Brasil: Desafios, Transformações e Caminhos para o Futuro Planejar a Carreira Pública Começa na Universidade Não é burnout, é desmotivação disfarçada Por que você ainda não começou a empreender? O desafio da empregabilidade de jovens e 50+ na Paraíba Planeje ou apague incêndios