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Formada em Direito, Administração com ênfase em Comércio Exterior e pós-graduada em Comunicação Corporativa pela Universal Class da Florida.
É lider climate reality change pelo Al Gore e ceo do site Belicosa.com.br onde escreve sobre comportamento digital e Netnografia.

Videogame é bom ou ruim?

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publicado em 21/12/2022 às 07h00
atualizado em 20/12/2022 às 16h08

 

Como o hábito de jogar online pode ser positivo ou negativo

Muito se fala sobre videogame hoje em dia. Mas com plataformas muito diferentes de quando se inventou o pacman, o aumento do uso da internet em nossas rotinas leva muitas pessoas ao vicio em jogos.

Mas o que é videogame? É qualquer jogo digital que seja disponibilizado em plataforma como consoles, pc’s, tablets e smartphone. Neles os jogadores interagem de forma ativa com personagens, objetos, ambientes ou outros jogadores.

Videogames diferenciam em vários aspectos tais como: narrativa, mecânica de jogo e a possibilidade de jogar com outras pessoas.

A tecnologia empregada nos jogos digitais e online progrediu muito no design, no som e principalmente com a possibilidade de ser o que quiser, onde quiser e quando quiser. Hoje games contam historias das mais simples as mais sofisticadas, em primeira pessoa ou em terceira.

Varias pesquisas feitas ao longo dos anos tem revelado fatos curiosos sobre os games. Em media os jogadores de hoje tem 35 anos e 41% são do sexo feminino. A pesquisa games Brasil 2020 apontou que 73% das brasileiras jogam online.

Mas o que isso pode nos dizer sobre o habito de jogar?

Do lado positivo, quem joga de forma moderada e com motivação de entretenimento pode se divertir, fazer amigos e reforçar aprendizados para a vida toda.

Do lado negativo, quem joga de forma abusiva e com motivação de escapismo vai desenvolver problemas de saúde física e mental além de se tornar mais egocêntrico e solitário.

O mais importante é que as influencias do jogo dependem das circunstancias da vida das pessoas que jogam. Se a pessoa tem uma vida desinteressante do lado de fora do game provavelmente vai ser um jogador compulsivo.

Mas os games podem viciar? Sim, em 2019 a OMS Organização Mundial de saúde inseriu na classificação internacional de doenças o “Gaming Disorder” que é o vicio em games.

Esse diagnostico acontece com ajuda medica e envolve a preocupação excessiva com o habito de jogar seguidos de falta de autocontrole, dificuldade de relacionamentos, trabalho, higiene pessoal e alimentação.

As empresas que desenvolvem os jogos aprenderam a brincar com o sistema de recompensas de nosso cérebro e crianças e adolescentes estão mais propensos a abusarem dos games porque seus cérebros estão em desenvolvimento.

Por isso muitos jogos online de interpretação de personagens em massa ou com multijogadores são estruturados para te motivar a jogar por mais horas.

Outro ponto que preocupa os pais são os jogos violentos e se eles podem provocar comportamentos agressivos na vida real.  A resposta é depende, por exemplo se uma criança joga games violentos e tem um lar com violência, estará sim, mais propensa a ser agressiva.

Então como orientar as famílias? Atenção a faixa etária dos games e de preferencias por jogos maximizem o bem-estar físico, a interação social e que ajudem a distrair.

Quando a ganancia, a vaidade e a obsessão forem a motivação para jogar, isso é um alerta de que ele não é legal. Faça sempre essa pergunta: Como me sinto ao jogar?

Para ajudar a todos que gostam de games a balizar o manejo veja quanto tempo joga, o que joga, o que te motiva a jogar. Pais olhem o que seus filhos jogam e participem. Ter experiências online e off-line sempre nos torna cidadãos com senso critico apurado.

Videogames podem fazer bem quando os jogadores jogam pelo motivo certo e pelo tempo adequado. E mal se transformando em vicio quando são impulsionados ao abuso, a solidão e ao desiquilíbrio físico e emocional. Tudo é uma questão de uso consciente.

Se precisar peça ajuda!

 

Maria Augusta Ribeiro é especialista em comportamento digital e Netnografia no Belicosa.com.br

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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