Viúva de motoboy pede justiça: “Não foi acidente, foi crime”

A viúva do motoboy Kelton Marques, morto em um acidente no último sábado (11), no Retão de Manaíra, em João Pessoa, procura palavras para explicar a filha de dois anos sobre a ausência do pai.

Tatiane participou de um protesto organizado por colegas de Kelton na noite desta segunda-feira (13) no local onde o jovem morreu. Emocionada, ela desabafou.

“Meu marido era um homem e um pai maravilhoso e esse assassino destruiu a minha família. Hoje eu estou aqui sozinha para criar uma filha de dez anos que está em casa arriada e uma filha de completa dois anos no próximo mês. Ela passa o dia inteiro chamando papai, papai, o tempo todo e eu não sei o que dizer”, disse em entrevista ao Hora H, apresentado pelos jornalistas Heron Cid e Wallison Bezerra, na Rede Mais Rádio.

A mulher disse que a filha mais velha, como já tem conhecimento do da situação, “está revoltada” e pode “não esquecer nunca o que aconteceu”. Ela disse que ainda está em “choque” com tudo que aconteceu e não consegue dormir em sua residência.

“Eu estou dormindo na casa de conhecidos porque não consigo entrar em minha casa. Era só eu, meu esposo e minhas duas filhas. Não venha dizer que a família desse assassino está passando por momento difícil. Difícil está passando eu, meu sogro, a mãe, com a perda de um homem honesto e irresponsável”, finalizou.

O protesto

Por causa do protesto, o trânsito foi interrompido e ficou totalmente congestionado do local. Outras pessoas que também tiveram parentes mortos por motoristas embriagados no trânsito também foram ao local se juntaram aos motoboys na mobilização.

Jailson, pai de Kelton, cobrou justiça e disse que suspeito, Ruan Ferreira, estava ali “para matar”.

“Ele já tinha dentro do carro uma câmera para filmar as badernas que ele fazia. Tirou a vida do meu filho que não teve a oportunidade de criar as filhinhas dele. Eu quero justiça, eu quero que ele que ele seja preso e pague que ele fez”, desabafou.

MaisPB

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