João Pessoa, 28 de abril de 2021 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A mãe da jovem Patrícia Roberta, Vera Lúcia, desabafou nesta quarta-feira (28) sobre o assassinato brutal da pernambucana enquanto visitava um amigo em João Pessoa.
“É uma dor muito grande. Estamos passando por uma dor muito grande. É uma dor que não desejo para seu ninguém. As vezes me pergunto, Senhor o que fiz para merecer isso?”, disse Vera em entrevista à Rádio Arapuan.
A mulher relatou, ainda, que “não perdoa” o Jonatha Henrique, principal suspeito do crime.
“Deus que me perdoe, mas o que aliviaria minha situação era vê-lo na situação que minha filha está. O cafajeste do pai dele negou tudo, omitiu, falou tudo ao contrário”, pontou.
O crime
Antes de viajar, Patrícia Roberta arrumou os cabelos e fez as unhas para ir ao encontro do suspeito. A passagem de Caruaru para João Pessoa foi comprada com autorização da mãe, em seu cartão. Ainda na sexta-feira (23), a jovem ficou à espera de Jonathan no Terminal Rodoviário, ele não apareceu, mas disponibilizou uma veículo de transporte por aplicativo para levá-la até seu apartamento, no bairro de Gramame.
No sábado (24), o rapaz saiu do apartamento e deixou a jovem trancada. Ela comunicou o fato à família alegando tristeza, já que veio para capital paraibana com a promessa de conhecer a cidade e o “mar”.
A garota se comunicou com a mãe até o último domingo (25). Diante do seu silêncio, a família registrou um boletim de ocorrência, quando foram iniciadas diligências pelas Polícias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros.
A delegada Emília Ferraz explicou que uma testemunha viu quando Jonathan transportava o corpo de Patrícia e chegou a perguntar: “Você matou essa jovem?”. Até o momento, nove pessoas foram arroladas como testemunhas no processo de investigação.
A polícia solicitou perícia no local onde ela teria permanecido. O Instituto de Polícia Científica conseguiu coletar e apreender um “material estarrecedor”. Foram apreendidos livros, registros e material para prática do ocultismo, além de uma lista com nomes de mulheres.
Essa lista, que também tinha o nome de Patrícia Roberta, ainda está sendo investigada pela Polícia Cientifica.
Corpo encontrado
O corpo de Patrícia Roberta foi encontrado na tarde de ontem numa região de matagal na Zona Sul de João Pessoa. O cadáver estava envolto em um plástico e em estado de decomposição.
Para a perita Amanda Melo, o crime pode ter acontecido há mais de 48 horas. Ainda não se sabe como a jovem foi assassinada.
Devido ao estado de conservação, o corpo foi congelado e deve passar por novos exames para conclusão da causa.
Prisão do suspeito
Jonathan Henrique, principal suspeito da morte da jovem Patrícia Roberta, foi preso na noite dessa terça-feira (27), na casa de um amigo, que também foi preso e responderá a processo por acobertar um suspeito que era procurado pela polícia.
O rapaz passará por audiência de custódia ainda hoje.
Participação de outras pessoas no crime
Uma garota que se apresentou como namorada de Jonathan Henrique se apresentou à Polícia Civil para prestar depoimento. Ela falou, durante o plantão policial, que esteve com o rapaz.
Ela afirmou que Jonathan tinha informado sobre o encontro com a Patrícia Roberta na sexta-feira (23). Mas, disse que passou boa parte do sábado e domingo com o suspeito do crime em uma casa no bairro de Mangabeira, inclusive consumindo entorpecentes.
Segundo a delegada Emília Ferraz, ainda não é possível associar uma coparticipação no crime. Mas a hipótese ainda não está descartada.
MaisPB
ECONOMIA - 29/04/2024