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Inspeções resgatam 72 pessoas em situações análogas à escravidão na PB

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publicado em 28/12/2020 às 12h01
atualizado em 28/12/2020 às 09h40
Foto: Divulgação/Internet

Inspeções do trabalho na Paraíba já resgataram 72 trabalhadores em condições análogas à de escravo. Os dados da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do Ministério da Economia são do primeiro semestre deste ano e referem-se ao período em que as informações são alimentadas no sistema Radar do Trabalho Escravo da SIT.

Destes, 20 foram resgatados em ações realizadas no ano passado. Em 2020 ainda não foram computados registros de situações na Paraíba, mas os dados ainda podem sofrer alterações. O Radar computa as informações desde 1995 e mostra que, em todo o Brasil, foram 55.004 trabalhadores e trabalhadoras resgatadas dessa condição e mais de R$ 108 milhões recebidos pelos trabalhadores a títulos de verbas salariais e rescisórias durante as operações.

Na Paraíba, os municípios com mais autos de infração lavrados em todos os anos são: Junco do Seridó, Salgadinho, Santa Rita, Rio Tinto, Picuí, Mamanguape, Boa Vista, Serra Branca, Mataraca, Tenório e Caaporã. Segundo a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), as atividades mais comuns em ocorrências são extração de pedra, areia e argila, além da extração de produtos minerais não-metálicos.

Nesta ano, mesmo diante das restrições relacionadas à pandemia da covid-19, já foram realizadas 45 ações fiscais em todo país e 231 trabalhadores foram resgatados de condições análogas às de escravo. O Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) foi responsável por 29 ações fiscais e pelo resgate de 115 trabalhadores. As demais ações foram realizadas pelas unidades regionais da Inspeção do Trabalho, integrantes das estruturas das Superintendências e Gerências Regionais do Trabalho.

O GEFM atua em todo país e este ano completou 25 anos de existência. Coordenado pela Inspeção do Trabalho, parcerias institucionais foram realizadas com a participação em operações conjuntas da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Defensoria Pública da União (DPU), do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério Público Federal (MPF).

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