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CASO MARIELLE

Presidente do Psol liga família Bolsonaro a prisões

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publicado em 12/03/2019 às 14h37
atualizado em 12/03/2019 às 14h51

Em agenda em João Pessoa, o presidente nacional do Psol, Juliano Medeiros, atribuiu a crime político a morte da vereadora Marielle Franco e do seu motorista, Anderson Gomes, e cobrou, nesta terça-feira (12), a prisão dos mandantes das execuções. Os acusados do assassinato foram presos hoje no Rio de Janeiro.

Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, na Rádio Arapuan FM, Medeiros afirmou que Marielle não teria sido morta por denúncias contra milícias e sim por ameaçar interesses de grupos políticos adversários do partido. “Foi um crime político”, sustentou.

Ele levantou suspeitas sobre as ligações da família do presidente da República, Jair Bolsonaro, com integrantes de milícias cariocas. Lembrou que tanto Bolsonaro quanto o filho, Flávio, atual senador, homenagearam suspeitos de participação em milícias.

De acordo com o dirigente partidário, os suspeitos da autoria dos assassinatos, Ronie Lessa e Élcio Vieira de Queiroz, presos na manhã de hoje em operação da Polícia Civil e Ministério Público no Rio de Janeiro, não seriam os interessados na morte da parlamentar.

“Não há nenhuma razão para que o Queiroz e o Lessa, que eram milicianos ligados ao ‘Escritório do Crime’, tivessem qualquer intenção de sair aleatoriamente executando qualquer parlamentar ou muito menos a Marielle que não tinha um trabalho vinculado às milícias. Para nós está claro que se trata de crime político, não é um crime comum, de feminicídio e sim, político”, destacou.

A partir de agora – diz Juliano – é preciso iniciar as investigações para saber quem está por trás desse assassinato.

“É claro que trata-se de um crime político e é preciso urgentemente iniciar uma nova fase de investigação porque o crime aconteceu, quais foram as motivações e quem está por trás. Para nós está claro, que quem está por trás desse assassinato é algum setor provavelmente o mundo da política que vê o Psol como ameaça ou partido que incomoda”, argumentou.

O dirigente do PSOL ainda enfatizou que Marielle Franco tinha se tornado uma força política no Rio de Janeiro e seria uma forte concorrente ao Senado.

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