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'enxugamento'

Novo presidente do TJ prevê demissões

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publicado em 02/12/2018 às 12h10
atualizado em 03/12/2018 às 05h11

Para tentar reduzir os custos do Tribunal de Justiça da Paraíba, o presidente eleito Márcio Murilo da Cunha Ramos prevê um corte dos cargos comissionados. Ele garante que a medida não vai resolver o problema financeiro do órgão, mas pode melhorar os números, cuja situação ele considera ‘crítica’.

“Vamos fazer um enxugamento para chegar a uma situação de estabilidade, mas ainda assim a conta não fecha”, informou. Ele ainda garantiu que os servidores que permanecerem terão ‘trabalho dobrado’.

Ele também vê que próximo ano será insustentável. Ele explica que caso seja aprovado o orçamento de R$ 619 milhões não dará para cumprir folha de pagamento.

Grande demanda para pouco magistrado

Ele conta que atualmente a Paraíba conta com 276 juízes e mais de 300 mil processos por ano para serem julgados. Segundo ele, é humanamente impossível que os magistrados deem conta da demanda.

O presidente explicou que, para que não houvesse demora nos julgamentos, o juiz precisaria julgar cerca de seis casos por dia. Para cumprir esse número, a qualidade dos julgamento pode ser comprometida. Ele justificou que para cada processo, o juiz escreve, em média, 100 laudas para chegar a uma decisão, o que pode requerer muito mais de um dia para cada sentença.

O magistrado revelou ainda que mais de 816 mil processos tramitam na Paraíba. ” Os juízes estão cheios de processo, até o pescoço”, analisou em entrevista ao programa Arapuan Verdade.

Para tentar atenuar o atual cenário de lentidão, o novo presidente aposta em tentar trazer agilidade com a digitalização dos processos. A medida também traria uma redução de gastos para a folha de pagamento, que tem sobrevivido apesar de cortes do governo.

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