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DEBATE NA ARAPUAN

Candidatos ao Senado trocam acusações

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publicado em 04/09/2018 às 10h15
atualizado em 04/09/2018 às 10h47

Os candidatos ao Senado pela Paraíba, Veneziano Vital do Rêgo (PSB), Luiz Couto (PT), Nivaldo Mangueira (Psol), Nelson Júnior (Psol), Cássio Cunha Lima (PSDB), Roberto Paulino (MDB) e Daniella Ribeiro (Progressistas) fizeram um debate acirrado e com troca de acusações, na noite dessa segunda-feira (3), na TV Arapuan.

Em um formato novo de se fazer debate, onde os candidatos têm a liberdade de fazer as perguntas e escolher os adversários para as respostas, os políticos trataram de vários temas, mas não abriram mão das alfinetadas e acusações.

Nelson Júnior e Junior e Nivaldo Mangueira iniciaram o debate falando a educação e sobre a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Nelson Júnior acusou Cássio de incoerência por ter apoiado várias propostas do Governo Temer, o impeachment de Dilma Rousseff e agora se posicionar como oposicionista. Cássio reagiu e disse que Nelson Júnior  é quem tinha votado em Temer e que o Psol seria um “puxadinho” do PT.

Roberto Paulino indagou a Daniella Ribeiro se ela apoiaria projetos como o IFPB e o Hospital Universitário no Sertão. A candidata garantiu que o emedebista poderá contar com o seu apoio se ela chegar ao Senado Federal.

Finalizando o primeiro bloco, Daniella  peguntou a Nivaldo Mangueira sobre e UEPB e um processo de “sucateamento”. Ela questionou o candidato do Psol sobre propostas que ele teria para a área. Nivaldo considerou que a população está indignada e criticou a manutenção do poder nas mãos de “três ou quatro famílias” no Estado. “A educação está no fundo do poço”, disse Nivaldo ao questionar Daniella se ela teria coragem para colocar seus filhos nas escolas públicas.

O segundo bloco começou com direito de respostas à Cássio. Veneziano afirmou que o tucano teria votado contra recursos para a Paraíba. Roberto Paulino lembrou a  Veneziano Vital do Rêgo dos tempos que eram aliados e questionou o  socialista sobre “coerência” política por estar agora do lado oposto ao que defendiam. Veneziano afirmou não se sentir incoerente em ir para o lado de Ricardo Coutinho porque o apoiou no segundo turno das eleições em 20174. “Eu seria incoerente se tivesse ido para o lado do PSDB”, afirmou.

Roberto Paulino considerou que Veneziano não seria especialista em coerência e garantiu que não se envaideceu pelo poder. “Eu poderia ter cargos no governo mas não aceitei porque não poderia estar ao lado de pessoas que não estão de  acordo com minhas posições. Agora o senhor não poderia falar em coerência”, disse Paulino. Por sua vez, o socialista acusou os opositores de tentarem desconstruir o que o governo tem feito.

Em sua pergunta, Veneziano questionou  Daniella Ribeiro, sobre emenda 241 que teve como um dos principais articuladores, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro, que seria desastrosa e prejudicial a educação. Daniella considerou  que Veneziano é “machista” e que estaria agindo como um ator. Para ela, a pergunta deveria ser feita ao próprio Aguinaldo Ribeiro e não a ela. “Quem está aqui é Daniella. Eu não votei nada e não sou deputada federal. Quando quiser debater com Aguinaldo você chama o deputado federal e debate com ele”, orientou.

Daniella indagou Cássio sobre a segurança pública e quis saber do tucano e colega de chapa suas propostas para melhorar  o setor. Cássio defendeu posse de arma para agentes de trânsito, policiais reformados e a criação da polícia penal. “É preciso criar mecanismos para que os agentes da lei possam ampliar a segurança”, disse Cássio alegando que as forças de Segurança no Estado não cresceram depois de sua gestão. A progressista afirmou que no Senado irá destinar recursos para a área de inteligência das polícias e combate a violência.

Cássio questionou Luiz Couto sobre o empreendedorismo e quis saber do petista sobre o voto dele contra emenda na Reforma Trabalhista que garantia seguro desemprego para o trabalhador rural. Coutou afirmou que foi contra o agronegócios que já tem muitas regalias e disse que esta preocupado é com a violência contra a mulher, principalmente o feminicídios e defendeu uma reforma na segurança.

Entretanto, Cássio disse que queria discutir a Reforma Trabalhista e afirmou que se “faz terrorismo” ao afirmar que ela tirou direitos aos trabalhadores. O petista indagou Nelson Júnior sobre questões nacionais e jogou para Cássio a pecha de participar de um governo que quer vender o país. Nelson Júnior considerou que Cássio se esconde em Pedro Cunha Lima para justificar o voto em matérias de Temer. Para o candidato do Psol, trabalhadores estão sendo demitidos e depois voltam ao posto de trabalho ganhando bem menos como terceirizados.

Durante o debate Roberto Paulino cobrou redução de impostos no Estado. “O que está matando os comerciantes é a carga tributária”, opinou.

MaisPB

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