João Pessoa, 29 de agosto de 2018 | --ºC / --ºC Dólar - Euro

ÚltimaHora
goiás

Siamesas separadas voltam a depender de aparelho

Comentários: 0
publicado em 29/08/2018 às 10h44

As gêmeas siamesas separadas que nasceram em Goiânia voltaram a depender da ajuda de aparelho após quase 24 horas respirando espontaneamente. Elas seguem em estado grave na UTI do Hospital Materno Infantil, porém estável.

De acordo com os médicos, como as duas nasceram unidas pelo tórax e abdômen, ao serem separadas, não têm o osso esterno, que auxilia a manter a pressão dos pulmões. Com isso, elas apresentaram um cansaço após um período respirando espontaneamente.

Devido a isso, os médicos decidiram voltar os aparelhos que ajudam na respiração. Porém, eles consideram que não houve uma piora no estado geral delas, pois os níveis de oxigênio continuam os mesmos e a medicação continua reduzida.

Débora e Catarina nasceram no dia 22 de agosto e compartilhavam o fígado. No dia seguinte ao parto, as duas foram separadas em caráter de urgência. A mãe já recebeu alta médica e passa bem.

Durante a cirurgia de separação, Catarina recebeu uma prótese de membrana de pericárdio bovino que deve calcificar no lugar do osso esterno e ajudar a criança a respirar normalmente. Já a irmã, Débora, não recebeu essa membrana ainda porque nasceu com uma malformação no coração e precisará fazer uma cirurgia considerada urgente.

Porém, como ela ainda está debilitada e se recuperando da cirurgia de separação, não é possível precisar quando o procedimento será feito. Ela ainda passa por exames para ver as condições de saúde dela.

O primeiro problema no coração da gêmea é a transposição das grandes artérias, quando a aorta, responsável por levar o sangue oxigenado, está ligada ao ventrículo direito, que recebe o sangue venoso.

O outro é uma conexão entre as câmaras do coração, que faz com que o sangue oxigenado se misture com o venoso. “Mas é essa comunicação que a mantém viva, porque o sangue consegue se misturar e ser oxigenado. Porque senão o sangue estaria indo para o local errado”, explicou o cirurgião cardiovascular Wilson Silveira, que acompanha as gêmeas desde a separação.

O médico disse que o procedimento é complexo, com taxa de mortalidade entre 5% e 30%, e, em bebês saudáveis, é indicado que seja feito até os dois meses após o nascimento. “Mas no caso dela, ainda não é possível saber quando vai ser possível fazer a operação, porque a cirurgia de separação é muito grande, ela ainda está se recuperando”, disse o médico.

G1

Leia Também

MaisTV

Evento reúne em João Pessoa especialistas em tecnologia, negócios e inovação

NEON - 07/05/2024

Opinião

Paraíba

Brasil

Fama

mais lidas