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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Madonna pela metade

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publicado em 07/05/2024 às 07h00
atualizado em 07/05/2024 às 04h48

Não é que não existam mais sensações, muito mais urgentes nesse momento sentir a dor do outro, que merece um bom dia, até  amanhã, disponha, do que ficar parado e não ajudar. Paciência, né? Outros pedem esmolas todos dias em qualquer esquina. Tem gente que faz caridade e mete no Instagram. Não, não foi a Madonna.

Por favor, ser for mandar black money para os gaúchos não deixa virilizar nas redes, pois, a espalhafatosa deselegância do brasileiro ainda vai nos redimir. Será? Madonna deixou uma doação de dez milhões para o povo do sul. O resto é storytelling pra boi dormir.

Tem gente que passa a vida reclamando, do que tem pra fazer,  do que pra comer e das mordomias triplicam – bexigas lixas e tabocas.

Geração espontânea? Difícil. Tem serviço à beça. Mas, tá sobrando gente à procura do que fazer e outros tentando impedir que as pessoas tenham opinião própria.

A Loca Como Tu Madre e a moça da favela é ela, é ela, sambando no pop  e uma cambada que só vai no empurrão. Gente assim não abre mão – saia dessa vida de migalhas. Vá trabalhar, vagabundo.

Esquece que o fogo é mais antigo que o fogão. Sei.

Cada palavra desembestada, novelos pelos cotovelos e o que bem entende do jeito que quer, esquecendo-se que na falta de solidariedade que implica em responsabilidades. Que tal uma marcha ré? Chegou a hora dos políticos renunciarem o fundo partidário em prol dessa catástrofe no RS.

Alguém aí viu o para-raios digital? 

E Madonna? Assisti até a metade – pulei para terminar a serie “Um Homem por Inteiro” – uma adaptação do livro de Tom Wolfe.

Na música que escolheu para abrir o show, Madonna cantou que quando era jovem, nada realmente lhe importava a não ser se fazer feliz. Nothing Really Matters foi lançada em 1998 e o discurso forte contido na letra parece que ainda fazer sentido. Você viu Cabeção, por aí?

Tem gente que gosta, tem gente que não curte, tem gente que mete o pau – ou continua…

Kapetadas

1 – Pra quem tava reclamando de playback: a Madonna meteu um voz e violão.
2 – O nome dessa joia que Madonna põe nos dentes é grillz, né?

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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