– Isso (retirada do convite aos Eagles) é típico desse presidente. É o que ele faz. Aqui na NBA, não importa quem vencer, ninguém quer ir à Casa Branca. E ganhar um título da NBA é muito maior do que visitar a Casa Branca – disse LeBron James antes dos treinos desta terça-feira, véspera do Jogo 3 da série final, em Cleveland.

É tradição nos Estados Unidos que os campeões das principais ligas esportivas do país visitem o presidente na Casa Branca. Desde que Donald Trump assumiu, a prática se tornou uma polêmica. Em 2017, o presidente não convidou os jogadores do atual campeão da NBA, Golden State Warriors, após Stephen Curry manifestar que não tinha interesse em comparecer em uma possível cerimônia.

Também em Cleveland para o Jogo 3, Curry reforçou as palavras de LeBron James e aproveitou o momento para elogiar a política da NBA em apoiar seus jogadores em eventuais protestos, o que não acontece na NFL, que proibiu para a próxima temporada que os atletas se ajoelhem no momento do hino americano, antes dos jogos – protesto iniciado em 2016 pelo quarterback Colin Kaepernick para chamar a atenção para os casos de violência policial contra negros.

– Eu concordo com LeBron. Nós vamos continuar tratando esse tema dessa maneira. Não vamos mudar. E é bom ver que a NBA nos apoia e nos abre espaço para esse diálogo. Se alguém não quer cantar o hino nacional, que não cante – disse Curry.

No comunicado em que anunciou o cancelamento da visita desta quarta-feira dos Eagles, a Casa Branca informou que os torcedores que também estariam no evento seguem convidados para uma cerimônia em que poderiam cantar o hino americano.