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Fifa quer mulheres apitando jogos masculinos

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publicado em 11/05/2017 às 14h34

O departamento de futebol feminino da Fifa entregará em setembro de 2017 as novas diretrizes para o maior desenvolvimento da modalidade no mundo. As medidas visam dar mais integração com o restante dos departamentos da entidade e até mesmo entre homens e mulheres no futebol. Um dos objetivos é colocar mulheres apitando jogos masculinos e não apenas atuando como auxiliares, como já ocorre no Brasil. Tornar algo recorrente nas grandes ligas pelo mundo. A ação, de acordo com Emily Shaw, head de liderança e governança do futebol feminino na Fifa, deve começar em competições de base.
– Um dos nosso objetivos é colocar mulheres apitando jogos masculinos – disse ela nesta quarta-feira durante o seminário Somos Futebol, realizado na sede da CBF, no Rio de Janeiro.
Outra alteração significativa é a entrada das transferências internacionais de jogadoras no TMS, sistema online da Fifa criado em 2010 que cuida atualmente do processo somente entre os homens. A ideia da entidade ao integrar as mulheres no processo é mostrar que se dá valor e relevância ao futebol feminino. Emily afirma que é um reconhecimento de que a modalidade existe.
– É formalmente reconhecer que o futebol feminino existe e está aí para ficar. É um grande passo. A Fifa reconhece que o futebol feminino pode ser profissional e passa uma mensagem aos  apoiadores criando esse novo item no regulamento.
A onda de inovações é grande, mas, em termos de competições, a Fifa não pretende criar nenhum novo torneio por enquanto. Questionada pelo blog sobre a possibilidade de se ter um Mundial de Clubes feminino, ela garantiu que não é o momento de dar esse passo.
– Acreditamos que é muito prematuro criar um Mundial de Clubes feminino. Primeiro precisamos dar suporte às outras Confederações. Uefa tem uma grande competição – Champions League. Conmebol a mesma coisa com a Libertadores. A Fifa acredita ser prematuro e o objetivo e dar suporte às outras confederações, desenvolver suas ligas em um alto nível e criar outras versões da Champions League em outras confederações.
A preocupação da Fifa, no entanto, persiste. A entidade acredita que o nível de competição está crescendo, mas as condições e estrutura em diversos países não estão evoluindo ao mesmo tempo. O poderio econômico também fala mais alto nesse desenvolvimento. A Inglaterra, por exemplo, tem em seu planejamento investir 15 milhões de libras (cerca de R$ 61 mi) no futebol feminino nos próximos quatro anos. Em comparação, a Colômbia tem por objetivo investir dois milhões de dólares por ano na modalidade, o que daria no total de quatro anos seis milhões de libras.
A mais rica das confederações e com um grande sucesso da Champions feminina, a Uefa irá investir nada menos do que 20 milhões de euros (R$ 69 milhões) nos próximos quatro anos.

Globo Esporte 

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