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Taxa zero de importação de etanol ameaça empregos

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publicado em 16/03/2017 às 08h34
atualizado em 16/03/2017 às 06h37

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, vai encaminhar à Câmara de Comércio Exterior (Camex) uma solicitação para aumentar a alíquota de importação de zero para 20% do etanol de milho dos Estados Unidos.

Essa isenção, segundo o coordenador da bancada federal paraibana, Benjamin Maranhão (SD), compromete cerca de 44 mil empregos do setor sucroalcooleiro no Estado. A bancada Nordestina se reunirá esta semana com o presidente Michel Temer (PMDB)  para abordar o assunto e cobrar providências urgentes.

A decisão foi tomada durante audiência do ministro Maggi com representantes de 13 estados do Nordeste, Centro-Oeste e do Sul, no fim da tarde desta quarta-feira (15). Benjamin representou a Paraíba e disse que a importação de etanol de milho a taxa zero dos Estados Unidos desequilibra o setor e ameaça empregos em um período de crise e desemprego.

A medida de reduzir a alíquota tinha como uma das finalidades beneficiar os consumidores com a redução de preços. “Já foram importados mais de seis milhões de litros de combustível de janeiro até março e o preço no etanol não baixou nada na bomba. Isso significa dizer que está gerando apenas especulação financeira e desemprego”, comentou.

Empregos – Na Paraíba, o setor sucroalcooleiro, a principal matriz energética do Estado, fatura em torno de R$ 1 bilhão, gera 44 mil postos de trabalho (diretos e indiretos) em 26 municípios paraibanos, segundo dados do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool do Estado da Paraíba (Sindalcool). Estudo feito pelo movimento #AquiTemAgro aponta que as 371 unidades produtivas em atividade no Brasil e que o setor gera 900 mil empregos diretos e congrega 70 mil produtores rurais independentes, dos quais quase 30 mil estão no Nordeste.

MaisPB com Assessoria

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