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'urticária vibratória'

Cientistas descobrem alergia ligada a andar de ônibus e malhação

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publicado em 08/02/2016 às 15h18
atualizado em 08/02/2016 às 12h19
Há quem tenha alergia a ônibus lotado

Para muitos, a corrida é mais que um esporte, é um estilo de vida. No entanto, esse estilo de vida também é designado até mesmo para algumas pessoas que não praticam o esporte. Isso porque elas sofrem de urticária vibratória — uma alteração genética que faz pessoas terem alergia se correrem, baterem palmas e até mesmo andarem de ônibus. As informações são do portal de notícias britânico Daily Mail.

Por mais que pareça mais uma desculpa preguiçosa dos que não gostam de praticar exercícios, não é. A vibração causada por movimentos bruscos pode resultar em urticárias na pele e erupções cutâneas.  A alergia gera uma erupção cutânea temporária, liberando substâncias inflamatórias do sistema imunológico. As conclusões do estudo sugerem que as pessoas têm uma versão exagerada de uma resposta celular comum à vibração.

O doutor Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, afirmou que essa doença pode ser um estímulo para que a ciência aprofunde seus conhecimentos sobre as formas de reação do sistema imunológico — entendendo quais gatilhos podem desencadear alergias.  “Os resultados deste estudo podem estimular cientistas na descoberta de novas doenças”.

Além de vergões vermelhos e coceira, as pessoas com a doença também podem vir a ter dores de cabeça, fadiga, visão borrada ou gosto metálico na boca. Os sintomas geralmente desaparecem dentro de uma hora, mas as pessoas afetadas podem sofrer com eles por diversas vezes durante o dia.

Os cientistas do National Institutes of Health analisaram três famílias para o estudo atual. Dentro dessas famílias, várias gerações tinham urticária vibratória. Os exames de sangue alterados sugeriram uma resposta exagerada à vibração nos pacientes. “Isto sugere que uma resposta normal à vibração, que não causa sintomas na maioria das pessoas, é exagerada nos nossos pacientes”.

Com as amostras de DNA de todas as três famílias, os cientistas foram capazes de realizar análises genéticas, incluindo sequenciamento de DNA em 36 membros afetados e não afetados dos três grupos. Eles descobriram que a doença é hereditária.

Eles descobriram uma única mutação no gene que é partilhada por membros da família com urticária vibratória, e que não está presente no DNA de indivíduos não afetados. Segundo os pesquisadores, ainda não há cura para a doença, e, pelo que se foi estudado, ela não pode desenvolver sinais mais graves do que a alergia. Mas como é uma síndrome muito nova, ainda está sob análise.

R7

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