João Pessoa, 30 de janeiro de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro

ÚltimaHora
articulações

‘Não tem plano B’, diz Rui Falcão sobre Lula em 2018

Comentários: 0
publicado em 30/01/2016 às 08h44
Presidente nacional do PT, Rui Falcão

O presidente do PT, Rui Falcão, afirmou nesta sexta-feira (29), que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o “plano A para o PT em 2018”. “Não há plano B”, disse em entrevista à Bloomberg.

Segundo Falcão, o ex-presidente tem sido “ambíguo” sobre o tema, mas já afirmou que, “se necessário para o projeto do PT, será candidato à presidência novamente”.

A declaração do presidente do PT acontece no mesmo dia em que a Folha revelou que a Odebrecht, segundo fornecedores, arcou com a reforma do sítio frequentado por Lula em Atibaia. Uma empresária que forneceu materiais diz que a empreiteira gastou ao menos R$ 500 mil com as obras. A empresa nega.

Também nesta sexta (29) o Ministério Público de São Paulo divulgou que Lula e sua mulher, Marisa Letícia, serão intimados a depor sobre o tríplex no condomínio Solaris, em Guarujá (SP), na condição de investigado. Transações envolvendo o imóvel são alvos da Operação Triplo X, a 22ª fase da Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal na quarta (27).

Falcão afirmou que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff “está amortecido, mas não morto” e voltou a classificá-lo “golpe constitucional”. O presidente do PT disse, no entanto, que o processo “foi esvaziado por falta de base jurídica” e “por desmoralização do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)”, investigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por suspeita de ter mantido contas secretas no exterior abastecidas com recursos desviados de negócios da Petrobras.

Ele afirmou também acreditar que a comissão especial da Câmara que analisará o pedido deve ter formação favorável ao governo e emitir parecer contra o impeachment da presidente Dilma.

O presidente do PT criticou também a ação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em que o PSDB pede a cassação dos mandatos de Dilma e do vice Michel Temer (PMDB), sob o argumento de abuso de poder econômico e político e suspeitas de que recursos desviados da Petrobras tenham ajudado a financiar a reeleição. “Há uma tentativa de apertar o cerco contra o governo para dificultar a governabilidade”, afirmou.

O PT ressalta que não houve irregularidade e que as contas foram aprovadas pelo TSE em dezembro de 2014.

Uol

Leia Também