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MERCADO DE TRABALHO

Construção civil prevê 500 mil demissões, diz Efraim Filho

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publicado em 18/10/2015 às 13h50
atualizado em 18/10/2015 às 16h09
Deputado federal Efraim Filho, do DEM

O deputado federal paraibano Efraim Filho (DEM) criticou os cortes no setor de construção civil e disse que poderá haver 500 mil demissões este ano no setor. Segundo ele, isso significa que cerca de 2 milhões de pessoas vão perder sua fonte de sustento. “Se não perdêssemos os 500 mil empregos, teríamos contribuição à Previdência de R$ 4 bilhões”, estimou.

Ele criticou o corte no orçamento destinado ao setor que, segundo ele, prevê que apenas 2,5% dos recursos serão destinados a obras e investimentos. “O ajuste fiscal é feito com corte de investimentos e aumento de tributos; os dois nos impactam e nos prejudicam”, lamentou Efraim.

Efraim Filho chamou a atenção para a falta de políticas públicas para o setor, que, segundo ele, é a mola propulsora do desenvolvimento do País, gerando 3 milhões de empregos e sendo responsável por 10% do PIB. “Quando o setor vai mal, toda uma cadeia produtiva sofre junto”, disse.

Efraim Filho afirmou que contratos firmados antes não estão sendo cumpridos pelo governo. Ele ressaltou os atrasos em pagamentos de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Minha Casa Minha Vida. “O setor que mais emprega neste País está na UTI”, destacou.

Ele lembrou que o setor emprega pessoas com baixa escolaridade e observou que não só há menos pessoas trabalhando no setor, mas as que estão trabalhando estão recebendo menos.

Efraim disse que a grande maioria das obras no Nordeste é executada com recursos federais. Ele afirmou que, a despeito da crise, existem recursos disponíveis para obras em muitos estados nordestinos, que não são liberados por conta de entraves burocráticos e espera que Governo corte gastos e não investimentos.

MaisPB

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