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Diário Oficial publica texto com orientação sobre conversão religiosa

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publicado em 05/08/2014 ás 11h48

O Diário Oficial do Estado publicou, na edição desta terça-feira (5), uma mensagem de incentivo e orientação à conversão religiosa e detalhes das dificuldades enfrentadas por quem aceita a consolidação da vida na igreja.

A mensagem foi publicada sem assinatura, nas páginas 55 e 56. "Não existe uma fórmula para lidar com cada problema que um novo convertido pode vir a enfrentar. Todavia, ter uma descrição das possíveis dificuldades nos ajuda a tomar medidas práticas para prevenir que eles venham a se desviar da fé. São muitas as batalhas que um novo convertido terá de enfrentar, por isso precisamos de muitos ‘anjos da guarda’ dispostos a tomar uma posição de defesa nessa guerra", diz o início do texto.

Após perceber a publicação equivocada, a Imprensa Oficial do Estado retirou do ar a edição do diário, que fica disponível para download no site, para correção. Segundo o diretor presidente do órgão responsável pela publicação, a equipe de digitação e paginação já está trabalhando para apagar a mensagem e um novo diário deve ser publicado até 11h30 desta terça.

"Estamos com a equipe de tecnologia fazendo uma varredura no sistema para detectar como ocorreu isso, onde é a vulnerabilidade, mas já sabemos que pode ter a ver com o município de Marechal Deodoro", afirmou, referindo-se ao fato de o texto aparecer no campo destinado às publicações das prefeituras municipais. "Quando identificarmos, vamos tomar as devidas providências, que pode ser reforçar o firewall, entre outras coisas".

A publicação ainda enumera 10 tópicos que detalham sobre emoções conflitantes, pressão dos amigos, hostilidade da família, crise de transformação durante o processo, crentes carnais, entre outros.

Veja o texto na íntegra

Não existe uma fórmula para lidar com cada problema que um novo convertido pode vir a enfrentar. Todavia ter uma descrição das possíveis dificuldades nos ajuda a tomar medidas práticas para prevenir que eles venham a se desviar da fé. São muitas as batalhas que um novo convertido terá de enfrentar, por isso precisamos de muitos “anjos da guarda” dispostos a tomar uma posição de defesa nessa guerra.

O DESAFIO DA CONSOLIDAÇÃO

O maior desafio na vida da Igreja é o trabalho de consolidação.

1. EMOÇÕES CONFLITANTES

• Dentro das 24 horas seguintes à sua experiência o convertido pode ter dúvida sobre a realidade da sua experiência. Aquela emoção inicial pode diminuir e fazer com que ele pense que sua experiência com Cristo foi um tipo de alucinação ou uma experiência irreal.

• Precisamos mostrar-lhe que as emoções são afetadas pelas circunstâncias e que a nossa posição em Cristo não depende delas.

2. CRISE DE TRANSFORMAÇÃO

• Vícios e hábitos nem sempre desaparecem imediatamente e isto pode ser motivo de muita ansiedade.

• O novo convertido deseja corresponder à expectativa de mudança instantânea. (II Cor.5:17). Ele espera vencer imediatamente o cigarro, a droga e o álcool talvez por causa do testemunho de outros que tiveram sucesso. A verdade é que algumas pessoas precisam de um acompanhamento pessoal e outras precisam até mesmo ser internadas num centro de reabilitação.

3. PRESSÃO DOS AMIGOS

• As pessoas do seu ambiente social vão pressioná-lo para que retorne aos padrões de sua vida antiga. Isto é especialmente difícil para os jovens, mas acontece com todos.

• Velhos amigos possuem um grande poder de influência e podem levar o novo convertido a desistir da fé. É vital, portanto, que os irmãos o envolvam até que ele seja capaz de responder apropriadamente aos antigos amigos.

4. FALTA DE TEMPO

• O novo convertido precisa separar tempo para a comunhão com os irmãos. Isto pode ser um problema para pessoas que possuem uma agenda muito cheia.

• A fim de ser edificado na fé o novo convertido precisa reorganizar seu tempo para incluir a igreja em sua rotina. Ele não conseguirá fazer isso sozinho, daí a importância de um consolidador.

5. HOSTILIDADE DA FAMÍLIA

• É comum surgir uma tensão em casa, principalmente se o novo convertido é o primeiro membro da família a ter uma experiência com Cristo.

• Ele certamente será acusado de destruir a paz e a unidade da família, o que pode ocasionar muita hostilidade contra ele. Ele será pressionado a manter sua lealdade à família e deixar Cristo de lado. Sem o apoio de um anjo da guarda ele dificilmente conseguirá superar a pressão de uma família hostil ao evangelho.

6. PERSEGUIÇÃO

• Não se pode evitar o sofrimento por causa da fé. Jesus disse que seríamos perseguidos.

• Em algumas circunstâncias a perseguição torna o novo convertido mais forte, mas em outras pode leválo a desistir e retroceder. É sábio preparar o novo convertido para a possibilidade de perseguição e estar com ele quando ela acontecer.

7. SUPERSTIÇÃO

• Existe uma tendência comum de se culpar a Deus por todas as coisas ruins que acontecem depois da conversão. Muitos novos na fé são convencidos pelos de fora de que a conversão só lhes trouxe problemas, e que, portanto não vale a pena insistir nesse caminho. Sem um anjo da guarda para protegê-lo de tais influências ele sucumbirá na fé.

8. COBRANÇAS DO PASSADO

• É provável que haja uma série de pendências e questões não resolvidas do passado, como dívidas, conflitos e ressentimentos. O novo convertido precisa ser ajudado e orientado nessas questões. Muitos cobradores aproveitarão esse momento para pressioná-lo. Alguns poderão se sentir envergonhados e indignos de serem cristãos, abandonando assim a fé.

9. SOLIDÃO

• Por causa de sua decisão por Cristo, o novo convertido pode ter sido abandonado por todos os seus antigos amigos e, por alguma razão ele não foi capaz de preencher o espaço com novos amigos que compartilham de sua fé. O resultado disso é uma grande solidão que pode levá-lo a se sentir ressentido e abandonado.

10. CRENTES CARNAIS

• Crentes carnais podem ser uma fonte de desapontamento e desencorajamento. Eles podem fazer comentários insensíveis e dar conselhos errados. O novo convertido pensa que todo crente é maduro e capaz de ajudá-lo, mas nós sabemos que existem muitos anões espirituais. Longevidade não é sinônimo de maturidade. É triste, mas às vezes precisamos proteger um novo na fé de alguns velhos na fé. Mussum ipsum cacilds.

É a segunda vez em menos de um ano que o DOE traz publicações que fogem do contexto. Em dezembro do ano passado uma publicação do Diário Oficial do Estado (DOE) de Alagoas trouxe, no caderno da Secretaria da Fazenda (Sefaz), um trecho que remete ao personagem Mussum, da formação original dos Trapalhões.

A mensagem foi publicada na página 10 do DOE. A publicação trazia trechos como "Mussum ipsum cacilds, vidis litro abertis. Consetis adipiscings elitis. Pra lá, depois divoltis porris, paradis. Paisis, filhis, espiritis santis. Mé faiz elementum girarzis, nisi eros vermeio, in elementis mé pra quem é amistosis quis leo. Manduma pindureta quium dia nois paga. Sapien in monti palavris qui num significa nadis i pareci latim".

G1