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Ruanda poderá ter rotas e primeiro ‘porto’ de drones

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publicado em 30/09/2015 às 19h00
atualizado em 30/09/2015 às 16h01

Um projeto piloto de porto rotas de drones que transportam suprimentos a áreas remotas está previsto para começar no ano que vem, com a construção de três “portos de drones” que deve ficar prontos até 2020 em Ruanda, país do leste africano, foi o lugar escolhido para fazer o teste.

Ruanda, pequeno país duramente controlado onde apenas em locais específicos há infraestruturas modernas, oferece a oportunidade de testar drones de carga antes de uma possível expansão para países menos desenvolvidos do continente.

Algumas propostas, incluindo uma feita pelo iminente arquiteto britânico Norman Foster, foram projetadas para permitir que os drones cubram quase metade do interior de Ruanda.

“Drones especializados podem transportar sangue e suprimentos fundamentais por mais de 100 quilômetros a um custo mínimo, fornecendo uma alternativa acessível que pode complementar as entregas feitas por via terrestre”, diz a proposta de Foster.

A proposta do escritório de arquitetura Foster + Partners, do Instituto Federal de Tecnologia de Lausanne, na Suíça, e da aceleradora Afro Tech, espera colocar no ar drones com três metros de envergadura capazes de carregas entregas de até 10 quilos.

Além disso, espera-se que drones com envergadura de seis metros, capazes de transportar carregamentos de até 100 quilos, sejam colocados na praça até 2025.

Ruanda, deixado em ruínas após o genocídio de 1994, reergueu-se rapidamente com o governo incentivando iniciativas para impulsionar a tecnologia e o poderoso presidente Paul Kagame sonhando em transformar a capital, Kigali, em um centro regional para investidores e empresas multinacionais.

Os esforços do governo impulsionaram a telefonia celular e a cobertura de internet ao redor do país, mas a paisagem cheia de ondulações de uma nação conhecida como “terra das mil colinas” significa que o acesso físico a algumas áreas é mais do que um desafio.

‘Soluções eficazes e radicais ‘

“A África é um continente onde o abismo entre o crescimento da população e da infra-estrutura está aumentando exponencialmente”, disse Foster no lançamento do projeto no início deste mês.

“A falta de infra-estrutura terrestre tem um impacto direto sobre a capacidade de entregar suprimentos vitais, justamente onde algo tão básico como sangue não está sempre disponível para tratamento emergencial. Nós exigimos soluções imediatas ousadas e radicais para resolver este problema”, disse Foster.

O governo ruandês ainda não comentou sobre o projeto, mas a população aplaude a iniciativa.

Os desenvolvedores do projeto apontam que em muitas partes da África, muito remotas para receberam linhas telefônicas, a tecnologia móvel superou este passo e hoje os telefones celulares são comuns em todo o continente – até mesmo nas áreas mais isoladas.

Os drones, argumentam os autores do projeto, poderiam fazer o mesmo onde há uma falta de estradas. “Rotas de drones de carga têm utilidade onde quer que haja escassez de estradas”, diz a proposta.

G1

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