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‘Baixinhos’ têm risco maior de sofrer doença arterial coronariana

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publicado em 09/04/2015 às 09h38
atualizado em 09/04/2015 às 06h40

Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Leicester, na Inglaterra, concluiu que, quanto menor a altura de uma pessoa, maior o risco de ela desenvolver doença arterial coronariana. Os dados foram publicados nesta quarta-feira, na versão online do periódico New England Journal of Medicine.

De acordo com os cientistas, a cada 6,35 centímetros a menos na altura, o risco de desenvolver doença cardíaca coronariana aumenta 13,5%. Por exemplo, uma pessoa com 1,52 metro tem 32% mais probabilidade de sofrer a doença, comparada a um indivíduo com 1,67 metro de altura.

A doença arterial coronariana é a causa mais comum de morte prematura em todo o mundo. Essa condição é causada pela deposição de placas de gordura nas artérias que levam o sangue ao coração. A obstrução total da artéria pode causar um ataque cardíaco.

“Há mais de 60 anos sabemos que há uma relação inversa entre a altura e o risco de doença cardíaca coronária, porém ainda não estava claro se essa relação era devida a fatores secundários, como baixa condição socioeconômica e má nutrição na infância ou se havia uma relação primária entre essas condições”, explica Nilesh Samani, líder da pesquisa.

Para demonstrar que há de fato uma associação direta entre altura e risco de doença arterial coronariana, os pesquisadores se basearam em uma abordagem genética, que analisou 180 genes (que afetam a altura), de cerca de 200 000 pessoas, com ou sem a enfermidade. Os resultados mostraram que independentemente de outros fatores como nutrição, condição socioeconômica, colesterol, pressão arterial e diabetes, pessoas geneticamente mais baixas têm maior risco de desenvolver a doença.

“Sabemos que estilo de vida e hábitos como o tabagismo afetam o risco de desenvolver a doença. No entanto, nossos resultados reforçam que as causas desta condição são complexas e que fatores dos quais pouco sabemos (como a influência genética) têm um impacto significativo”, afirma Samani. De acordo com os autores, o estudo pode ajudar a descobrir novas formas de prevenção e tratamento de doenças cardíacas e circulatórias.

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