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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Dani Fatal

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publicado em 13/12/2025 ás 07h00
atualizado em 13/12/2025 ás 00h25

Se eu fosse Mário Vargas Llosa,  entrava no jogo da amarelinha de Júlio Cortázar e fazia uma revolução – esse significado  tem nome e endereço, Dani Fialho. Que mulher! Um fenômeno em cascata.

Quando eu era jovem, já amava Caetano Veloso, o inevitável compositor baiano e sou feliz porque gosto das canções e de mulheres.  De minha predileção ´Elegia´ que Caetano Veloso gravou no álbum ´Cinema Transcendental´, de 1979, música com letra de Péricles Cavalcanti e traduções/adaptações de Augusto de Campos, baseada em um poema de John Donne, fala de amor, do corpo e alma de forma profunda e espiritual. Dani Fialho é uma alegia amorosa.

A letra é alguma coisa perto da perfeição. Está lá – “Como encadernação vistosa, feita para iletrados a mulher se enfeita; mas ela é um livro místico e somente a alguns (a que tal graça se consente) É dado lê-la” Dani Fialho é um Modus operandi.

Voltemos a Dani Filho. Quando fiz o podacast ´K Pra Nós´ com ela, pensei em escrever um texto  focado em sua imagem e viver todos os momentos. Alguns a que tal graça se consente, é dado lê-la? Dani é uma delas.

Na transcrição das cartografias do desejo, e Freud não tem nada a ver as ondas do mar, Dani é a narrativa própria, assim como Madame Bovary de Flaubert  e Vênus a deusa do amor e da beleza. Dani é imensa

Parágrafos e frases enooooormes ainda não a definem

Se eu tivesse que fazer uma frase para defini-la duraria sete páginas inteiras de um romance e seria justamente um dos mais intensos capítulos desta obra, que ela representa e não se trata de poder, mas ela pode tudo.

D sabe que a vida é chata, repetida, solidão, casamento, infelicidade, amor, loucura, morte, luto, dentre outros, escambau, mas ela é dura na queda.

Ela é o esplendor dos trópicos,  às vezes lembra Pagu, o amor de Oswald de Andrade, mas só às vezes – ela é  deserto e o universo, em cada curva Dani se transforma, reconhece que mundo que parou, e todas as coisas metafísicas ou tolas reveladas por quem não sabe viajar.

Cada vez que a vejo, cada selfie e o mínimo movimento de sua presença em sina – coisa da ciência, a nova Dani Filho dribla.

Dani foi gerada em toda alquimia. Quando éramos nós o demiurgo atroz, primordial, transformador. Nós também, né Dani?

Dani é fatal.

Kapetadas

1 – O século XXI nos dá tudo, menos sentido, menos paciência.

2 –  Está ventando tanto no meu bairro que as árvores estão fazendo alongamento.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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