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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), preso neste sábado (22) pela Polícia Federal (PF), admitiu ter usado um ferro quente para violar a tornozeleira eletrônica. Um vídeo anexado ao processo do ex-presidente mostra o equipamento danificada e com marcas de exposição à alta temperatura.
À PF, Bolsonaro disse que usou um ferro de soldar para queimar a tornozeleira por “curiosidade”. No vídeo, é possível ouvir quando a diretora-adjunta da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, Rita Gaio, questiona Bolsonaro sobre o estado do dispositivo.
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Veja o diálogo:
Diretora: Equipamento 85916-5. O senhor usou alguma coisa pra queimar?
Jair Bolsonaro: Meti um ferro quente aqui.
Diretora: Ferro quente?
Bolsonaro: Curiosidade.
Diretora: Que ferro foi? Ferro de passar?
Bolsonaro: Não. Ferro de soldar, solda.
Diretora: Ferro de soldar? Aquele que tem uma ponta?
Bolsonaro: Sim.
Diretora: Tá ok. O senhor tentar puxar a pulseira, também?
Bolsonaro: Não, não não, isso não. Não rompi a pulseira não.
Diretora: Pulseira aparentemente intacta, mas o case violado. Que horas o senhor começou a fazer isso, senhor Jair?
Bolsonaro: Já no final da tarde.
Diretora: Final da tarde? Tá certo. Essa tampa chegou a soltar, não?
Bolsonaro: Não. Tudo em paz, tudo na paz aqui.
“O equipamento possuía sinais claros e importantes de avaria. Haviam marcas de queimadura em toda sua circunferência, no local de encaixe/fechamento do case”, diz o documento.
Após a violação, o alarme da tornozeleira eletrônica de Bolsonaro disparou. O equipamento teve de ser trocado na madrugada deste sábado (22), hora antes da prisão do ex-presidente.
Para Moraes, a violação “constata a intenção do condenado [Bolsonaro] de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga”, que seria facilitada pela vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para a frente do condomínio do ex-presidente.
MaisPB
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