Até quem criticou e questionou licitação e valores da compra teve que se render no carnaval ao Acauã, o helicóptero da Polícia Militar da Paraíba, finalmente comprado no ano passado na gestão do governador Ricardo Coutinho, depois de décadas de promessas e ensaios de gestores anteriores.

Se uma imagem vale mais do que mil palavras, as fotos e vídeos que circularam e se espalharam nas redes sociais recentemente mostrando resgates delicados realizados com a intervenção do equipamento são uma prova inequívoca e incontestável dos benefícios coletivos da aeronave.

Acauã se revelou versátil no auxílio em favor da vida. Resgatou de baleado em Santa Rita, a vítima de acidente em Lucena até a banhistas ilhados em corais da bela praia de Coqueirinho, litoral sul do Estado. Foi bonito assistir o helicóptero em ação tendo boa serventia e com direito à platéia e tudo.

Inicialmente, a destinação e expectativa dos paraibanos eram na linha da agilidade e aparato no campo do combate à violência e segurança pública. Ele sempre foi aguardado como instrumento policial para enfrentamento do crime e da ação cada vez mais ousada e ágil da bandidagem.

Os últimos dias serviram para revelar o quanto ele pode ser útil, também, no auxílio ao Corpo de Bombeiros e Samu, instituições que lidam diariamente com o socorro às vítimas de infortúnios, gente que corre contra o tempo nas badaladas entre a vida e a morte em que um minuto faz toda a diferença.

Por mais trivial que possa parecer, o registro faz sentido por aqui. Por aí afora, não chega nem a ser pauta de tão corriqueiro, mas na Paraíba as cenas descritas merecem notoriedade sim, pelo histórico de espera, promessas e turbulências envolvendo a tal compra, por muitos anos travada em campo de pouso e que somente há pouco finalmente decolou.

*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba.

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