João Pessoa, 01 de outubro de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro

ÚltimaHora
operação "amigo da onça"

Emprego falso: grupo usava confiança de amigos para cometer fraudes na Paraíba

Comentários: 0
publicado em 01/10/2025 ás 14h47
atualizado em 01/10/2025 ás 14h53
Foto: Polícia Civil da Paraíba

A Polícia Civil da Paraíba deflagrou, na manhã desta quarta-feira (1°), a Operação Amigos de Onça, com o objetivo de combater uma associação criminosa especializada em fraudes, estelionato e falsificação de documentos.

A ação foi coordenada pela Delegacia de Polícia de Picuí, sob o comando do delegado Átila Jedlicka, com apoio das demais delegacias da 13ª Delegacia Seccional de Polícia Civil (DSPC). Foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Picuí, Nova Floresta e Cuité, no Curimataú paraibano.

Esquema de fraude

As investigações começaram após uma vítima descobrir dívidas em seu nome contraídas de forma fraudulenta. Segundo a Polícia Civil, os investigados utilizavam documentos pessoais e dados biométricos de terceiros para realizar operações de crédito em instituições financeiras, como o Banco Pan e o Banco Votorantim.

Com esse esquema, o grupo teria realizado financiamentos e aquisições, incluindo a compra de uma motocicleta, placas solares e até registros cartorários com documentos falsificados.

“Imagine a seguinte situação. Você é procurado por um amigo que lhe promete uma vaga de emprego no Banco do Nordeste. Para isso, você precisa fornecer seus dados biométricos. E assim você o faz, pois deposita nessa pessoa uma confiança legítima, é seu amigo. Meses depois, você descobre que vários empréstimos foram feitos em seu nome, de forma fraudulenta. Esse foi o substrato fático da Operação Amigo da Onça, que visou cumprir diversos mandatos de busca e apreensão, tanto aqui em Picui, Nova Floresta e Cuité”, explicou o delegado Átila.

Materiais apreendidos

Durante a operação, os policiais civis apreenderam diversas folhas de cheque, inúmeros cartões de crédito, notebooks, celulares e documentos que serão analisados. O material passará por perícia técnica para comprovar a dimensão das fraudes e identificar outras possíveis vítimas.

O delegado destacou ainda que as investigações continuam para esclarecer qual era o vínculo existente entre os investigados e se de fato havia uma articulação configurando associação criminosa.

MaisPB