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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Terreiro

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publicado em 18/02/2015 às 11h15
atualizado em 18/02/2015 às 08h19

No Centro Administrativo de Água Fria, em João Pessoa, até a grama sabe que o prefeito Luciano Cartaxo enfrentará, entre outros adversários, um nome do PSB – partido sentado hoje em dia no maior posto da hierarquia estadual –, em que pese à aliança pontual com o PT no ano da graça de 2014.

Dessa realidade, nem os girassóis podem e nem querer fugir, por uma questão natural de demonstração de força no seu terreiro político (a Capital), nem muito menos o PT, ciente do que lhe espera em futuro próximo, mas ‘obrigado’ a passar o ano de 2015 inteiro sem poder esboçar qualquer sinal de rompimento, esperando o gesto de ruptura partir do aliado da hora e futuro adversário de amanhã.

Estrategicamente, o PSB tomou as providências iniciais. Evitou qualquer entrelaçamento formal com a gestão do PT em João Pessoa, uma jogada ‘inteligente’ para se livrar de qualquer amarra ou associação direta que lhe tirasse a autoridade do discurso de contraponto mais à frente.

Entronizado no Palácio da Redenção, forjado a partir de uma militância ativa e combativa em João Pessoa, cujo empenho e determinação alçaram seu líder maior Ricardo Coutinho ao poder e lhe deram uma parcela significativa de seguidores e simpatizantes na Capital, o PSB sabe da sua força na cidade.

Por isso, não desperdiçará a oportunidade de recuperar o domínio do território que lhe projetou ao comando político do Estado. Nos seus quadros, pelo menos dois nomes despontam com perfil para a missão. Estela Bezerra e João Azevedo são as pétalas sobre as quais recai a simpatia pessoal do governador, um critério que faz toda a diferença na hora da unção interna da legenda.

Quando desembarcar em João Pessoa, após seu período de afastamento para descanso, Cartaxo vai precisar encarar esse cenário com mais acuidade. À medida que o tempo passa, 2016 entra no ritmo de contagem regressiva. Deve desde já ser consciente que encarará um só debate na eleição futura: a comparação da atual gestão com o modelo Ricardo Coutinho. Uma parada difícil, reconheça-se.

*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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