João Pessoa, 23 de setembro de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Kubitschek Pinheiro
Em mais uma acertada parceria, o Centro Universitário UNIESP e a Ilha Tech, através do curso de pós-graduação em Inteligência Artificial para Negócios e Profissionais do Futuro do Uniesp, vão promover na próxima terça-feira, (30) mesa redonda, às 19h com o tema “Do Caos à Clareza: Como a IA te auxilia a tomar decisões mais inteligentes”.
A mesa redonda acontecerá às 19h, na sede da Ilha Tech, em João Pessoa. As inscrições estão sendo realizadas de forma on-line no link https://bit.ly/IAparaNegociosUNIESP_ILHATech.
Os expositores são o professor Marcelo Fernandes, coordenador da especialização do UNIESP e Messias Batista, PhD Student em IA e Senior Data Engineering na Minstait. O público-alvo são profissionais como advogados, administradores, gestores de marketing, profissionais de saúde e empreendedores em geral
De acordo com no professor e coordenador do Uniesp, Marcelo Fernandes, a Inteligência Artificial já está mudando tudo — e vai impactar diretamente as carreiras. O que antes era tendência, agora é urgência: “ Sim. A IA já está transformando escritórios, empresas e equipes inteiras — e quem não aprender a usar essa tecnologia de forma estratégica pode perder espaço no mercado em pouco tempo. Pensando nisso, o UNIESP está lançando uma nova pós-graduação em Inteligência Artificial aplicada aos negócios e profissionais do futuro — desenvolvida especialmente para profissionais que não são da área de tecnologia, mas desejam automatizar tarefas, aumentar a produtividade, tomar decisões mais inteligentes e se destacar profissionalmente”, argumentou Marcelo Fernandes.
De forma bem objetiva, lembra Marcelo Fernandes, a “IA está aí para escrever textos, criar apresentações e produzir materiais visuais de alto impacto, automatizar tarefas do nosso dia a dia, melhorar a experiência do cliente, marketing e vendas, apoiar a aprenderão como a IA pode tornar o trabalho mais eficiente, especialmente em um contexto onde há um grande volume de dados diariamente”.
Segundo Messias Batista, Senior Data Engineering na Minstait, a parceria com o UNIESP é fundamental para levar este conhecimento a um público mais amplo e diverso. “Percebi que muitos profissionais de alto impacto, tanto na área técnica quanto em negócios, estão lidando com um volume de dados sem precedentes, o que, ironicamente, pode levar à paralisia em vez de clareza. O objetivo deste evento é justamente preencher essa lacuna: demonstrar, com base em evidências acadêmicas e na experiência prática, como a Inteligência Artificial não é apenas uma ferramenta tecnológica, mas um catalisador estratégico para transformar dados dispersos em decisões assertivas e resultados mensuráveis”.
A ideia para “Do Caos à Clareza” lembra Messias Batista, que nasceu da sua observação direta com o mercado. “Percebi que muitos profissionais de alto impacto, tanto na área técnica quanto em negócios, estão lidando com um volume de dados sem precedentes, o que, ironicamente, pode levar à paralisia em vez de clareza. O objetivo deste evento é justamente preencher essa lacuna: demonstrar, com base em evidências acadêmicas e na experiência prática, como a Inteligência Artificial não é apenas uma ferramenta tecnológica, mas um catalisador estratégico para transformar dados dispersos em decisões assertivas e resultados mensuráveis.”
GPT é veloz, “uma certa dependência digital”
O professor Marcelo Fernandes alerta que: “ferramentas como o GPT realmente despertaram uma onda de entusiasmo, e em alguns casos até parecem um ‘vício’. Isso acontece porque oferecem respostas rápidas, simplificam tarefas e criam a sensação de que podemos resolver tudo em segundos. O risco é quando o uso se torna indiscriminado, levando profissionais a delegar totalmente o pensamento crítico ou confiar cegamente nas respostas — o que pode gerar erros, perda de foco e até uma certa dependência digital”.
Por outro lado, lembra Fernandes, que o GPT não deve ser visto como vilão. “Quando utilizado com consciência e estratégia, ele é um aliado poderoso: ajuda a identificar padrões, acelerar pesquisas, automatizar tarefas repetitivas e aumentar a produtividade. O grande diferencial está em aprender a usar a IA como suporte às decisões, e não como substituta da inteligência humana. É isso que buscamos mostrar no evento e na pós-graduação: como transformar a IA em vantagem competitiva sem abrir mão da visão crítica e da responsabilidade do profissional”.
IA um rio caudaloso
Para Messias Bezerra, a IA é um desafio real, e a primeira etapa para atravessar esse “rio caudaloso” de dados é reconhecer que a tecnologia, por si só, não é a solução. A IA é o nosso barco, mas o mapa e a bússola estão no conhecimento humano. A estratégia para cruzar esse rio se baseia em um princípio simples: a sincronia entre Pessoas e IA.
Não se trata apenas de implementar tecnologia, mas de investir na capacitação das pessoas para que compreendam:
– O quê é a IA;
– Por que e para quê ela deve ser utilizada;
– Como aplicá-la estrategicamente nos processos de negócio.
Essa abordagem não é apenas mais segura, mas também mais duradoura. Ela permite que os profissionais desenvolvam uma mentalidade de decisão orientada por dados, tornando-os capazes de extrair o valor máximo das ferramentas de IA e transformar a informação em vantagem competitiva.
Esta é uma pergunta crucial. Embora não possamos prever o futuro com certeza, a história recente e os dados atuais mostram que a IA não é um “campo minado”, mas sim uma ferramenta indispensável para a evolução de qualquer profissional ou organização. O risco real não está em usar a IA, mas em deixar de usá-la, perdendo a capacidade de inovar e competir.
No entanto, é vital manter a perspectiva correta: a IA é uma ferramenta. A responsabilidade final pelas decisões e pelos resultados ainda reside no profissional. O que a IA faz é aumentar exponencialmente nossa capacidade de trabalho, permitindo-nos analisar volumes de dados maiores e automatizar tarefas complexas.
Nesse contexto, para navegar de forma segura, o profissional deve focar no desenvolvimento contínuo de novas habilidades e competências. Isso inclui não apenas o domínio da tecnologia, mas também o aprimoramento do pensamento crítico para avaliar os resultados gerados pela IA. O estudo constante e a curiosidade intelectual se tornam os nossos “detectores de minas”, garantindo que usemos a IA de forma ética e eficaz, transformando um potencial risco em uma oportunidade de crescimento.
ZONA AZUL - 22/09/2025