João Pessoa, 13 de setembro de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Um vídeo do jornalista José Vieira Neto, contando histórias de seus 40 anos de jornalismo, me chamou atenção: quando ele trabalhava na Rede Globo Nordeste – numa manhã em que o sol não quis o dia, José foi para uma pauta na praia da Boa Viagem, e fez a matéria focada no poema ´Porque hoje é sábado´, de Vinícius de Moraes. Dos versos, ele traduziu imagens como se fosse um sábado de verão, que tinha como chefe de reportagem, Pedro Osterne. Grande, Pedro!
O poema de Vinícius fala de todas as coisas, porque hoje é sábado. Em 2026, o poema fará 80 anos, ou seja, o repórter atilado, nascido em Pombal José Vieira, que celebra 40 anos de jornalismo, ainda não era filho do mundo.
Originalmente, a obra se chama “O dia da criação” e foi inspirada no livro bíblico de Gênesis. No entanto, o refrão “Porque hoje é sábado” o tornou mais famoso e popular entre o público, porque hoje é sábado.
O jornalismo é uma prática exploratória, gêmea das artes, não é uma zona fria, protocolar, mas deve ser feito com paixão para ser exercitado, repensado em sua elaboração cotidiana.
Pra saber direito sobre jornalismo tem que ter talento. Jornalista não tem hora para trabalhar. Nós não somos a noticia, mas precisamos informar. É como captar aquela música que só poucos tem ouvidos nesse ritmo de aventura de contar histórias através do texto, da voz, pensamentos, páginas, registros escambau
Não é fácil ser jornalista. Tem que conhecer bem o idioma, quando se é jornalista e tem convivências com espaços literários, melhor ainda. Jornalista que não lê, não sabe escrever.
Como jornalista conseguimos de fato, o faro, como quem sabe fazer uma boa comida – o cheiro exala no ar. Jornalismo é arte e gastronomia também. Nietzsche dizia que a pessoa mais importante da vida dele, era a cozinheira.
Já quiseram fazer do jornalismo uma condição subserviente. Nunca. Jamais deixaremos. Ainda somos o quarto poder. Nós não queremos os discursos do método, porque escrever é construir narrativaa, aprendizados, sacadas de um e outro.
Ter voltado a trabalhar com José Vieira, na Comunicação do Tribunal de Justiça da Paraíba, na atual gestão do desembargador Fred Coutinho, ( um entusiasta da tecnologia) tem sido uma experiência sequenciada que gera formas de traduzir e interpretar.
Vieira criou o projeto ´Pra saber Direito´ e me confiou a missão de interpretar os termos jurídicos, numa pegada, digo prosa nordestina que tem dado o que falar. Há muito eu não decorava os poemas de Drummond, Bandeira, Olavo Bilac.. Deu certo. O projeto já vai longe e é inédito no Brasil.
José Vieira não impõe nada, ele é objetividade e todos podemos opinar, concordar ou discordar e acrescentar algo mais.
Ele vibra com o resultados dos projetos, é o melhor editor de uma assessoria gigantesca como é hoje a do Tribunal de Justiça da Paraiba. Tudo flui.
Estamos todos no videoclipe, porque entendemos que é preciso saber direito, para restituir o sentido da palavra, criando uma linguagem que gera um novo jornalismo coeso.
Obrigado José Vieira, somos incessantemente capazes.
Kapetadas
1 – Jesus andava, com orgulho, entre ladrões e prostitutas. Mas morre de vergonha de se ver citado no discurso de certos blogueiros
2 -Alô, escribas digitais: não é Luis com Z, nem Veríssimo com acento. Quer homenagear Luis Fernando Verissimo? Primeiro aprenda a escrever.
Assista aqui Porque hoje é sabado, com o poetinha
* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB
ENTREVISTA À REDE MAIS - 12/09/2025