João Pessoa, 05 de setembro de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Existem propagandas tão boas que são melhores do que muitos dos programas que patrocinam. Também existem propagandas tão ruins que dá vontade de trocar o canal da televisão. E existem as propagandas terríveis, que de tão absurdas conseguem vender o produto. Vamos a elas.
Das excelentes peças que lembro, começo pelo anuncio dos fósforos da Fiat Lux. Numa época zerada de recursos tecnológicos, abria-se uma caixa de fosforo ao som de um bombo e os palitinhos saiam marchando. Era um alumbramento. Outras propagandas bacanas eram a serie da Bardahl, com Chico válvula presa ou ainda o bonequinho da Shell. Havia também um monte de propagandas que emocionavam. Cito três; uma da empresa Seagram’s (bebidas), onde um garotinho louro aparecia numa tela fixa com raiva porque seu pai costumava chegar bêbado em casa. Porém à medida que o texto avançava, a mensagem era a de que a bebida deveria ser usada com moderação para exemplo das gerações futuras. Terminava com o menino estampando um largo sorriso. Outra mais recente era a propaganda de natal do banco Nacional onde um coral de crianças começava a cantar uma boa mensagem (quero ver, você não chorar…) e um garotinho vinha a toda pressa numa bicicleta para participar do canto. Torcíamos por ele e enfim chegava esbaforido para a última frase. E o que dizer da propaganda da Honda, onde o filho levava o pai cego para dar uma volta de moto?
Houve a época das propagandas mais focadas nos jovens e dois exemplos ainda hoje me marcam; a da U. S .Top que anunciava jeans e o sensualíssimo banho de piscina onde o rapaz tirava a blusa da moça embaixo da água. Era da Ellus?
Mas eu falei que péssimas propagandas também vendem o produto e mais uma vez vou citar exemplos. O primeiro deles era o de uma loja de pneus do Ceará que dizia: “Gerardo Bastos, onde um pneu é um pneu”. Queria que fosse o quê, um côco? O povo ria…e comprava.
Porém a sublimação ocorreu quando meu enorme amigo Fabio Rocha levou meu também enorme amigo Anacleto Reinaldo (radialista raiz) até o seu pai, Dr. Maurílio Almeida, dono do laboratório do mesmo nome, para mostrar um jingle que Anacleto criara. “Laboratório Maurilio Almeida, onde mijo é mijo e bosta é bosta”.
Graças a Deus pela educação do Dr. Maurilio, que vetou a propaganda.
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